Fátima Lopes foi a mais recente entrevistada pela equipa da RFM no espaço 'Wi-Fi', onde respondeu a algumas perguntas mais curiosas. Uma delas foi qual tinha o sido o programa que menos gostou de apresentar em televisão e a comunicadora apontou um: 'Agora é que Conta' (transmitido em 2010).

"O que eu gostei menos de apresentar em toda a minha vida foi um programa, por acaso na TVI, porque era um programa só de chamadas de valor acrescentado que era o 'Agora é que Conta'", começa por referir.

"Não tinha conteúdo e eu gosto de entrevistar pessoas. Foi difícil para mim (...) mas na altura já sabia que isto ia acontecer. Sabia que tinha dias contados", lembra.

Durante a conversa, a comunicadora - que conta com 27 anos de experiência em apresentação no currículo -, garante que nunca foi pessoa de "levar desaforos para casa" e que a sua personalidade a levava a confrontar a chefia quando não concordava com algo.

"Eu sou contra aquela coisa do 'faz de conta', ou aquela coisa 'não digo à frente mas depois atrás vou cortar na casaca'. Não. Vais lá e dizes à pessoa. Aconteceu-me uma situação diferente que foi ser convidada para fazer um programa e estava no início da minha carreira, não queria fazer esse programa e tive que ter a coragem de dizer ao meu diretor que eu não queria fazer e não fiz. Foi preciso coragem porque estava no início e não tinha um trabalho que me desse uma rentabilização fixa", nota.

A sua longa carreira em constante contacto com centenas de pessoas levou a que Fátima Lopes aprendesse a ler cada uma delas, evidenciando a importância da linguagem corporal que chega a dizer muito mais do que propriamente aquilo que alguém fala.

"As pessoas comigo não se armam ao pingarelho e eu trato as pessoas todas com o mesmo respeito. Acolho e mais, gosto de ensinar o que sei!", sublinhou.

Quanto à pergunta que não quer calar - 'porque é que saiu da TVI?' -, feita por um dos ouvintes, Fátima afirmou que precisa de tempo até conseguir abordar o assunto de forma esclarecida.

"Não é fazer do tema um tabu, acho é que há um tempo para tudo e eu ainda estou a digerir as coisas e a arrumá-las dentro de mim. Não há nenhum fantasma, que fique claro. Foi um processo meu e no momento em que me sinta preparada falarei dele", garantiu.

Por último, quando questionada acerca do programa que recusaria fazer em princípio (uma vez que não gosta de dizer nunca), a entrevistada confessou que não se imaginaria à frente de um reality show "puro e duro". "Não me vejo talhada na minha personalidade para programas dessa natureza, mas tenho muito respeito por quem os faz porque os acho dificílimos. Não é qualquer pessoa que faz esses programas bem feitos".

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