Dedica este seu quarto livro ao universo feminino?
Sim. “Amigas para Sempre” conta a história de quatro amigas que se juntam para o jantar de aniversário de uma delas, que faz 40 anos.
São amigas do peito?
Amigas íntimas, com uma enorme cumplicidade entre elas. Nesse jantar acontece um episódio e uma delas deixa cair a máscara e conta uma coisa da sua vida que as outras não sabiam, nem lhes passava pela cabeça, e isso tem um efeito de dominó nas outras amigas. Ou seja, aos poucos cada uma delas vai abrindo o seu coração e dando a conhecer um outro lado das suas vidas que as melhores amigas não conheciam.
É um livro que as mulheres vão adorar?
Sobretudo porque é um livro que fala de valores que eu acho extremamente importantes: a amizade, a lealdade, a entreajuda, e, por outro lado, a capacidade de sonhar e de nunca nos satisfazermos mesmo quando vivemos ciclos ou períodos felizes. Não se pode desistir nunca de ir à procura dessa felicidade.
Com o trabalho na televisão, dois filhos, a escrever livros, ainda tem tempo para os amigos?
Tenho. Pergunte aos meus amigos se eles estão mal estimados? Os meus verdadeiros amigos não me cobram nada. Porque um amigo que me cobra uma ausência é porque não é tão meu amigo. Um amigo verdadeiro conhece-me, conhece a minha vida, conhece a gestão que eu faço do tempo e sabe os afetos que eu tenho por ele.
Escreve à noite?
Este livro foi feito de uma forma muito diferente dos outros. Tive a ideia há um ano e tal e comecei a escrever muito calmamente. Aproveitava os bocadinhos livres, quando o Filipe (um dos seus dois filhos) estava a dormir a sesta, outras vezes aqui na TVI, quando já estava pronta para o programa e ainda faltavam 30 ou 40 minutos. E também foi mais fácil, porque foi o primeiro livro que escrevi à mão.
Escrevia num caderno?
Tinha um bloco e um gravador, e ia escrevendo e debitando para o gravador. Mas tudo muito calmo, sem roubar noites, como nos livros anteriores. Limitei-me a ir fazendo e saboreando. E quando percebi que conseguia ter o livro pronto antes do final do ano, disse à minha editora. Eles ficaram muito contentes e ajudaram-me, como sempre, muitíssimo. Passei-lhes tudo o que tinha escrito e a parte áudio, eles escreveram-me tudo e eu fui corrigindo, e assim nasceu este quarto livro.
Que balanço faz deste ano na TVI?
Muito bom. Tem corrido bem de audiências, tem corrido bem de reconhecimento, tem corrido bem de oportunidades. Tenho feito muitas coisas extra-programa e tenho uma relação ótima com toda a gente, a começar pela equipa, que é cinco estrelas. Tenho a sorte de trabalhar com gente muito competente e muito empenhada.
Também não se cansa de falar nas portas abertas…
É verdade. Aqui na TVI as portas da administração e da direção de programas estão sempre abertas. Tudo isto faz com que as coisas fluam. Não se perde tempo com pedrinhas no caminho, coisa que nós, portugueses, temos de corrigir.
Como se organiza lá em casa?
Dividimos bem as tarefas e tenho o apoio dos meus pais. Toda a gente sabe que os filhos são a minha prioridade. Não há dramas nenhuns. Também é muito português as pessoas queixarem-se muito, mas eu não gosto de me queixar…
Não tem razões de queixa da vida?
De maneira nenhuma. A vida tem sido muito generosa comigo e só tenho de agradecer a Deus tudo o que tenho. Sou muito agradecida porque acho que Deus me tem dado muitas coisas para me fazer feliz!
(Texto: Palmira Correia)
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