
Evan Rachel Wood abriu o coração e falou, abertamente, sobre os momentos difíceis que atravessou na vida antes de se tornar uma das atrizes mais mediáticas da atualidade. Numa dissertação cinematográfica para o portal Nylon, Wood, hoje com 31 anos, recordou a altura em que não queria mais viver e a exaustão mental extrema que a levaram a dar entrada num hospital psiquiátrico.
Um dia, quando ainda tinha 22 anos, a artista diz que acordou a sentir-se “atropelada por um camião”. Nessa manhã, a atriz chegou a tentar suicidar-se, algo que só não aconteceu por ter pensado duas vezes e ter decidido dar uma segunda chance à vida. Nesse momento, procurou ajuda.
“Mãe?... Sou eu…. Acabei de tentar matar-me… Preciso de ir para um hospital”, recordou a atriz. “E quando falei em ir para um hospital, não quis fazê-lo por algum dano mental que tivesse, mas sim para curar o meu estado de espírito”, acrescentou.
Foi com aquela chamada que, diz, se sentiu realmente amada e encontrou a liberdade que precisava. “A beleza em batermos no fundo é que chegamos à conclusão que não existe outro caminho que não regressar à superfície. Não era suposto estar viva, portanto, nada do que eu fizesse naquela altura tinha a mínima importância. Já tinha provado a mim mesma que, naquela altura, nada interessava, nada era importante. Portanto achei por bem render-me de vez”, desabafou Wood.
Depois de muita rejeição, a mãe da atriz conseguiu encontrar uma vaga num hospital psiquiátrico privado. Contudo, Evan Rachel Wood viu-se obrigada a disfarçar-se e a mudar de nome por temer que pudesse encontrar alguém conhecido ou até ser reconhecida nas instalações do hospital.
O processo desenvolveu e a atriz acabou por receber medicação para combater os elevados níveis de ansiedade que a atormentavam. A isso acresceram as novas amizades que foi fazendo e a esperança acabou por renascer.
“Todos os dias me sentia um pouco mais forte”, recorda. Dia após dia, e já depois de receber alta do hospital, Wood não deixou de exigir acompanhamento psicológico privado e continuou a não dispensar a medicação, apesar de ir reduzindo a dosagem. Só assim, realça, é que foi possível regressar à vida e sentir-se bem com ela.
“A depressão não é uma fraqueza, é uma doença. Por vezes mortal, até. E às vezes as pessoas só precisam de saber que existe quem goste delas e se preocupe com elas”, remata.
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