De acordo com um documento da justiça federal de Manhattan, Combs "frequentemente deu murros, pontapés e pisões a Ventura com resultados de hematomas, lábios rebentados, olhos roxos e sangramento".

Na denúncia de 35 páginas, apresentada esta quinta-feira, ao sistema de justiça federal dos Estados Unidos, é referido que Puff Daddy sujeitou a cantora a espancamentos selvagens, a encheu de drogas e a forçou a fazer sexo com outros homens enquanto ele se masturbava e os filmava.

Refere ainda que Combs forçou a entrada na casa de Ventura e a violou, quando o relacionamento estava terminando em 2018.

Casandra Ventura alegou, na ação movida contra o produtor e magnata da música, que Combs a levou para o seu "estilo de vida ostensivo, acelerado e movido a drogas" não muito depois de se conhecerem e ela assinar contrato com a sua editora tinha 19 anos e ele 37, em 2005.

O advogado do músico, Ben Brafman, não respondeu imediatamente à agência Associated Press (AP) a um pedido de reação, mas garantiu ao jornal New York Times que o seu cliente nega as acusações.

Ventura, agora com 37 anos, referiu que Combs, agora com 54 anos, começou o padrão de abuso logo depois de se conhecerem.

"Depois de anos em silêncio e escuridão, estou finalmente pronta para contar a minha história e falar em meu nome e em benefício de outras mulheres que enfrentam violência e abuso nas suas relações", salientou Ventura num comunicado.

Combs é três vezes vencedor do prémio Grammy e está entre os produtores e executivos de hip-hop mais influentes das últimas três décadas.