Um rapaz que podia ser ele próprio... mas não é. O protagonista do novo livro de Cláudio Ramos fez com que muitos leitores acreditassem que 'O Rapaz' era, afinal, uma história que o apresentador viveu, o que parece não corresponder à verdade. Esse foi apenas o mote de uma conversa que o Fama ao Minuto teve com o experiente comunicador que agora, aos 50 anos, assume viver uma das fases mais felizes do seu percurso.
Com o 'Dois às 10' todas as manhãs e o 'Big Brother' todas as noites, Cláudio Ramos encontrou uns minutos na sua preenchida agenda para nos falar de 'O Rapaz', o seu mais recente romance que se tornou um dos livros mais vendidos em Portugal.
A parceria de sucesso com Cristina Ferreira, a reta final da atual edição do 'Big Brother' e o futuro foram outros temas abordados na conversa que poderá ler abaixo.
Cláudio, faz-nos sentido começarmos por falar do sucesso deste livro. Conseguiu tornar-se um dos mais vendidos do país, conquista que acreditamos que o deixa muito satisfeito...
Muitíssimo satisfeito, porque apesar de acreditar muito na história, sei que em Portugal não é fácil vender livros, menos ainda fazer chegar o que ele é de verdade ao público. Quando comecei a ver os resultados, fiquei super orgulhoso e grato.
Era esta a expetativa que tinha aquando do lançamento?
Tinha muita expectativa quando o lancei, mas enquanto o fui escrevendo não pensei nisso. Queria que chegasse a muita gente porque é uma história muito bonita e o romance entre duas pessoas do mesmo sexo ainda não é muito explorado. Achei que podia fazer uma coisa bonita... tenho uma voz ativa neste meio, porque não aproveitar para coisas boas?
Este é um livro muito composto, ainda que o Cláudio, como todos sabemos, tenha pouco tempo livre, principalmente nos últimos meses, ao apresentar dois programas diariamente. Como e em que alturas foi escrito este ‘O Rapaz’?
'O Rapaz' foi escrito durante o ano anterior e terminado em janeiro deste ano. Nesta fase, seria impossível escrever alguma coisa assim. Quando o escrevi, tinha muito mais tempo... aliás, só consigo escrever se não tiver pressão de datas nem coisa do género, ainda assim sou muito disciplinado e tenho o rigor da escrita quando tenho um projeto entre mãos. A fazer manhãs e com o 'BB' não seria possível mesmo.
De onde partiu a história deste livro?
De olhar à nossa volta, de perceber que algumas das histórias de amor não são como nos contam ou como os filmes mostram, que há gente como cada um de nós que sofre em silêncio por uma data de coisas que, no final das contas, desagua num desamor quase impossível de cura... nem mesmo com outro amor.
Não é um livro biográfico, nem a história do Cláudio. É a história de todos nós... ou nãoSabemos que este não é um livro biográfico, embora o Cláudio já tenha assumido que a história recria alguns aspetos que aconteceram também consigo. Podemos assumir que se inspirou na sua experiência amorosa para escrever o livro?
Não! Podemos assumir que eu, tal como cada um de nós, tenho histórias que obviamente servem de laboratório para qualquer projeto. Neste não foi exceção. Não é um livro biográfico, nem a história do Cláudio. É a história de todos nós... ou não! Depende de quem a ler e como a vai ler.
Todo o sucesso conseguido aumentou a vontade de começar já a trabalhar numa nova obra?
Já tenho alinhavada a próxima história, mas não vou debruçar-me sobre o assunto antes do fim do verão, quando estiver mais livre. Por enquanto, quero desfrutar muito deste 'Rapaz' e preparar o contacto com os leitores lá para setembro, que é quando tenho a agenda livre. Quero fazer sessões de esclarecimento e conversas de leitura sobre esta história.
A sua filha já leu o livro? Se sim, qual foi a opinião que lhe passou?
A Leonor está numa fase ótima da vida dela e escolheu não ser uma pessoa pública.
Em relação aos restantes leitores, que reações tem recolhido? Há alguma história que o tenha emocionado em particular?
Partilhei recentemente uma mensagem linda, tenho recebido muitas e todas muito bonitas, não porque dizem que gostam do livro, mas sim porque com ele chegam testemunhos de coisas boas e sensações maravilhosas que a obra lhes deu, isso orgulha-me muito. Por isso, faço muita questão de estar com os leitores assim que tiver agenda. Devo-lhes isso.
Vivo sempre tudo com muita entrega, independentemente da exposição ou dos programas que tenhaComo tem estado a viver este período de muito trabalho, que é simultaneamente um período de grande destaque na TVI?
Eu vivo sempre tudo com muita entrega, independentemente da exposição ou dos programas que tenha. O facto de estar em dois programas de tanta dimensão na antena só me acrescenta sentido de responsabilidade e o dever de não falhar com o objetivo.
Encontra-se agora no patamar que sempre desejou?
Já disse mais do que uma vez que acho que desejei isto, mas talvez não imaginasse que seria agora e com tudo ao mesmo tempo. Estou no lugar que é meu por direito e considero-o uma justa recompensa de tantos anos de dedicação ao trabalho. Dedicação, esforço e entrega.
Para que desafios gostaria de seguir depois de tudo isto?
Honestamente, para uma temporada de descanso. Também mereço!
A atual edição do 'Big Brother', que o Cláudio conduz, tem sido um verdadeiro sucesso também. Acredita que isso se deve, em parte, à qualidade do grupo de concorrentes?
Só se deve a eles, os concorrentes são os protagonistas do jogo e são eles que o fazem. Eles é que importam.
Como tem sido trabalhar com Cristina Ferreira todas as manhãs?
Uma alegria, uma tranquilidade, um alívio, uma diversão e uma aprendizagem constante. Somos muito bons quando estamos um com o outro.
Penso que é seguro dizer que esta é uma das melhores fases da sua vida e da sua carreira. Concorda?
Seguramente!
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