Foi enquanto desfrutava de umas férias no Brasil com o companheiro, João Montez, que a avó de Inês Gutierrez morreu.
Já em Portugal, Inês Gutierrez recorreu à sua página de Instagram para se despedir publicamente da familiar.
"Minha avózinha. Agora que cheguei a terras portuguesas, a tua partida parece-me mais amarga. Escolheste ir quando eu estava, pela primeira vez, num dos teus países favoritos para ires passear com o avô (a vida tem destas coincidências)", começou por escrever.
"Talvez me quisesses por lá nestes dias mais difíceis, de caipirinha na mão, samba no pé e sorriso no rosto… com a intensidade e vida que te caracterizam, na verdade, que nos caracterizam. Sou capaz de ter herdado isso de ti. Isso e o 'esverdeado dos olhos', como me dizias para eu ficar contente", partilhou.
"Era disso que gostavas: de nos ver e saber bem. Uma mulher do norte, de Viana, de pêlo na venta, perspicaz e inteligente, que não deixava nada por dizer, uma mulher forte, segura, que recebia como ninguém (porque há sempre lugar para mais um na mesa para ti), e que sabia perfeitamente qual a comida favorita de cada um dos netos (e não somos poucos). Falava alto, ria alto, refilava alto, tinha o coração na boca, mas também precisava do seu silêncio", recordou.
"Quanto a mim e a ti, obrigada por todas as vezes que me ouviste… ouvir, mesmo. Ouvir, com e sem falarmos. São poucos os capazes de o fazer comigo. Sempre que estavas, estavas mesmo. A tua intuição valia ouro e os nossos olhos falavam. Sempre quiseste saber dos meus sonhos, os palpáveis e até os mais disparatados. Para ti, tudo era possível. Porque tu eras força! Força e colo. Sim, ainda me custa acreditar que nunca mais irei sentir um abraço dos teus… serão sempre os melhores que já recebi. Não há melhores abraços do que os da avó Teresinha, isso é certo, os mais calorosos e envolventes", lamentou.
"Dizias-me ultimamente: 'estou muito feliz por estares tão bem com a família que criaste'. Sobre 'ser família' aprendi muito contigo. E eu estou muito feliz por eles terem tido a sorte de te conhecer e de tu teres ainda conhecido a minha pequenina, a quem um dia irei certamente falar-lhe da tua aletria, mostrar-lhe onde estão as conchas mais bonitas na ilha do Farol, e explicar-lhe que a culpa da minha pancada pelo Natal é toda tua. Amo-te avózinha. Gostava de te ter visitado mais vezes e tenho pena que o tempo não seja infinito, mas (aqui entre nós) ambas sabemos que nunca seria suficiente", rematou.
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