
Bruno de Carvalho foi o convidado do programa 'Alta Definição', da SIC, deste sábado, dia 22 de março.
Durante a entrevista, o convidado foi questionado sobre os quatro dias em que esteve detido, em 2018, e falou dos traumas que o incidente lhe deixou.
"Os quatro dias detido transformaram-se num ano em que eu dormia na minha casa com a porta da rua aberta, com metade do corpo dentro de casa e metade do corpo fora, com os vizinhos a passar. Eu tenho claustrofobia.
O sítio onde me puseram era tão pequeno, devia ter dois metros por um, se tanto. Eu fiquei com níveis de claustrofobia tão elevados que não conseguia estar com a porta de casa fechada. Depois, passei para o sofá, que é perto da porta da rua e, depois, voltei a uma cama quase dois anos a seguir", respondeu o ex-presidente do Sporting.
"Foram quatro dias sem tomar banho. A cela tinha um buraco no topo, estava um frio descomunal. A cama, de betão, não tinha colchão nem cobertores. E a sanita turca era um buraco no chão."
Bruno de Carvalho contou ainda que "viu a vida a andar para trás", quando viu na capa de uma revista que se tinha tentado suicidar.
"Fiquei com medo. Achei que ia aparecer a boiar e que iam dizer que eu me tinha suicidado. Violentaram-me o carro. Iam a minha casa à 1 e 2 da manhã, diziam 'vou-te matar'. Diziam o nome completo das minhas filhas, a escola onde andavam, os horários, no caso da mais velha os autocarros."
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