Diogo Infante deu há pouco mais de uma semana uma entrevista ao 'Dois às 10', programa da TVI, onde falou sobre a relação que mantém há mais de 30 anos com Rui Calapez. O casal, ao longo deste tempo, tem optado por manter privados os pormenores desta união.

Foi sobre esta manifestação de amor pública que o ator deu, onde disse, entre coisas, que se sente abençoado por ter ao seu lado o agente de talentos, que Luís Osório escreveu mais um texto de opinião.

Na nota, publicada nas redes sociais, o escritor aplaude o tema, embora reflita sobre a homossexualidade e os olhos com que a sociedade a vê.

"Trinta anos de vida em comum, é obra. Mas este postal não tinha de ser escrito. Afinal, não deveria ser nada de mais. O amor está em crise, as relações ainda mais, mas existem muitos casais que resistem uma vida de mão dada. Só que no mundo aquilo que é óbvio não é tão óbvio assim para muitos de nós", começou por dizer.

"Vemos as mensagens de ódio – mesmo em Portugal foi aterrador ver a excelente reportagem “Quando o ódio veste farda”, assinada na SIC por Pedro Coelho, Paulo Pena e Filipe Teles. Quase 600 polícias e militares da GNR a veicularem mensagens de ódio contra políticos, contra pretos, ciganos, chineses e monhés. Contra homossexuais também. “Paneleiros” como escrevem em várias mensagens ameaçadoras", acrescentou indignado.

"Ver o Diogo Infante a celebrar a sua relação com Rui Calapez não deveria ser um assunto. Até porque os homossexuais que apenas têm, por azar ou opção, relações curtas não perdem os seus direitos ou dignidade por isso. Tal como os heterossexuais. Mas celebrar 30 anos de uma relação entre dois homens ou duas mulheres é ainda muito importante", sublinhou Luís Osório.

Por fim, o escritor parabenizou o casal e a postura adotado por ambos os elementos ao longo deste tempo de relação.

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