Os desabafos públicos da duquesa de Sussex ao jornalista Tom Bradby estão a agitar a família real britânica. "Estão todos muito preocupados, até a rainha", assegura Phil Dampier, autor de "Royally suited", um livro que conta a história do romance entre Meghan Markle e o príncipe Harry. "A informação que tenho é que a rainha e os membros mais velhos [da família real] estão preocupados com o rumo que eles têm vindo a tomar", refere.
"Eu acho que eles [família real] estão horrorizados", condena também Jonny Dymond, um dos correspondentes da BBC que acompanham de perto o quotidiano dos Windsor. No documentário "Harry & Meghan: An african journey", exibido ontem pelo canal de televisão ITV no Reino Unido, a antiga atriz norte-americana queixa-se da perseguição da imprensa, do escrutínio público a que é diariamente sujeita e da vida que leva.
"Eu estou a existir, não a viver", lamenta Meghan Markle. "Tenho sido uma testemunha silenciosa do sofrimento da minha mulher", corrobora o marido. "O meu maior medo é que a história se repita. Perdi a minha mãe e agora vejo a minha mulher tornar-se vítima das mesmas forças perigosas", confessa o príncipe Harry numa declaração pública que (também) não caiu bem no seio dos restantes elementos da família real britânica.
"Todo o bom trabalho que fizeram na viagem a África acaba por ser desvalorizado pelas críticas que fizeram à imprensa", condena Phil Dampier. "A monarquia deve ser uma força unificadora do país e o Harry e a Meghan estão a gerar divisões", sublinha ainda Jonny Dymond. "Eu acho que isto é, potencialmente, nocivo para a casa real", considera também Russell Myers, editor do jornal inglês Daily Mirror, especializado em assuntos reais.
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