A excêntrica figura do "jet-set" nacional, David Motta, filho de Maria das Dores, foi ontem, quarta-feira, 10 de Março, condenada - com pena suspensa - a 4 anos e 8 meses de cadeia pelo Tribunal de Portimão.

A condenação é relativa a dois crimes de falsificação de documentos e um outro de burla qualificada.

O "socialite" nunca compareceu no tribunal para as três sessões de julgamento e, ontem, a sua advogada, Ana Valentim, alegou que o jovem estaria ausente do país, não sabendo ainda a causídica se recorrerá, ou não, da sentença. Só após ler o acórdão é que Ana Valentim tomará uma decisão que sirva da melhor forma os interesses do seu jovem, e mediático, cliente.

Foi o pai do colunável, e queixoso, José Mota, quem escutou o que o juiz disse quanto ao caso, que já se arrasta desde 2006. Tudo se passou depois do regresso de José Mota de uma viagem ao Canadá, há quatro anos, tendo o pai do famoso dado conta do desaparecimento de 127 mil euros numa conta bancária que detinha a prazo.

Ficou provado que foi José Mota a assinar um documento no qual autorizava o filho a movimentar a conta, mas também foi provado, em julgamento, que o pai de David assinou uma folha que julgava em branco e destinada a outros fins.

Ao diário "24horas", o advogado de José Mota, Pedro Carvalho Sousa, declarou: "Ficámos com a convicção de que o dinheiro terá sido usado para pagar o crime que Maria das Dores, mãe de David, cometeu".

David Motta tem, agora, quatro anos para devolver os 127 mil euros ao pai.