Cristina Ferreira ganhou nos últimos anos o hábito de "seguir a razão e o coração". No seu regresso à TVI, que chega dois anos depois de se ter mudado para a SIC, a apresentadora deixou ganhar, novamente, o coração. E foi precisamente como forma de explicar a nova grande mudança da sua vida, que a apresentadora falou esta sexta-feira aos seus seguidores do Instagram.

Como reagiu a mãe de Cristina ao seu regresso à TVI?

"Nos últimos dias várias pessoas me perguntaram sobre a reação da minha mãe. Há cerca de dois anos tinha partilhado os seus receios em relação às mudanças repentinas da filha, que trocou 15 anos de história pelo incerto. Acho que deve ter tomado uma vacina qualquer na altura, porque desta vez mostrou-se apenas orgulhosa da mesma filha", começou por contar a apresentadora.

O que a levou a deixar o sonho (de sucesso) que vivia na SIC?

Esta foi outras das questões que Cristina não deixou por responder: "Os outros, os de fora, podem achar estranho. Como é que alguém se atreve a mudar de um sítio onde viveu o sonho e era, supostamente (como sempre) feliz? Porque quer ser mais feliz. Porque os sonhos podem crescer, porque podem ter limite definido, porque podem estar concluídos. O meu há meses que estava. Sabem quando não há mais nada a fazer porque o melhor já foi feito? É isso", afirma.

"Poderia ali ficar mais 20 anos. E nunca a sensação de profunda felicidade, desassossego, voltaria. Porque estava feito. E muito bem feito. É nestas alturas que a vida nos põe à prova. Há os que ficam no estável, no certo, no que desejaram. E está bom, está certo", continua.

A resposta a quem a chama "ambiciosa, gananciosa e traidora"

Foram muitos os que, depois de ter sido anunciado de forma oficial que Cristina decidiu deixar a SIC após dois anos de grande sucesso, a apelidaram de traidora por alegadamente virar as costas a quem a ajudou a concretizar o seu sonho e gananciosa pelo facto de, como seria de esperar, regressar à TVI para ganhar mais do que até aqui.

"Desculpem-me ser 'ambiciosa, gananciosa, sedenta de poder e traidora' (assim foi apelidada a minha mudança de estação). Por mais adjetivos que lhe atribuam, eu só tenho uma palavra para a definir: certeza. Eu tinha a certeza de que isto ia acontecer, talvez mais tarde, mas chegou agora. E desculpem-me viver o Agora, mas não sei lidar com os ‘ses’ da vida", diz, sem medo de novas críticas e com a certeza de que todas esta críticas não seriam as mesmas caso fosse um homem.

"Deixou de ser um programa para passar a ser uma estação inteira. É ambição? É. Vou ganhar mais dinheiro? Vou. Tenho mais poder? Tenho. E sabem que mais? Sou mulher. E não digo isto porque fica bem ou por ser esse o ângulo que devo utilizar, para ganhar mais uns pontos. Digo-o porque a nenhum homem, quando muda, são atribuídas as palavras ‘ganância’, ‘traidor’ ou ‘sedento de poder’. Num homem é crescimento. Talvez por isso me tenham dito, nos últimos tempos, que tenho uns grandes tomates. Deixem-me dizer-vos que não. Tenho mamas e uma vagina", completou.

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