Alegando estar farto de ser perseguido por um "paparazzi" pelas ruas de Lisboa, o futebolista Cristiano Ronaldo perdeu a cabeça, saiu do seu Ferrari, na zona do Parque das Nações, e partiu a pontapé o vidro do automóvel do fotógrafo.
O "paparazzi", identificado como Hugo Martins, estava acompanhado de uma jovem de 17 anos, que alega ter ficado ferida pelos estilhaços. Ambos apresentaram queixa na polícia contra o jogador.
O incidente ocorreu no domingo à tarde. Horas depois, o próprio Cristiano Ronaldo, em declarações ao site da Gestifute, contou a sua versão dos acontecimentos. Assim:
"O incidente envolveu um indivíduo que infelizmente não olha a meios para atingir fins e que eu já conhecia de o ter visto dias a fio à porta de minha casa, alimentando-se de iogurtes e de câmara na mão, à espera de qualquer coisa que fosse notícia. (...) Perseguiu-me de automóvel desde o Hotel Ritz até à zona da Expo, onde tenho o meu apartamento, estando eu acompanhado de minha mãe e ele de uma jovem que durante todo o percurso filmou ostensiva e provocatoriamente todos os nossos gestos. Esta perseguição causou um tal estado de perturbação e de aflição na minha mãe que me vi forçado a parar o meu carro para tentar convencê-los a deixarem-nos em paz."
Segundo Ronaldo, o seu pedido não foi atendido e ele acabou por reagir de forma impulsiva, pontapeando o automóvel dos perseguidores. Acrescenta o futebolista:
"Quando estou sozinho, tudo bem, engulo em seco e tento ficar indiferente. Mas quando é a minha mãe que está em causa, aí, peço desculpa, mas não admito que ninguém, repito, ninguém, a moleste. Lamento o gesto que tive, se bem que também não possa jurar que, se as circunstâncias se repetirem, eu não reaja de forma idêntica. Quando a minha mãe é envolvida é-me extremamente difícil manter a presença de espírito."
Finalmente, Cristiano Ronaldo revela que o fotógrafo "tentou de imediato" vender a "gravação do vídeo" , que conterá imagens do incidente, à empresa que o representa, mas que ele recusou: "Eu jamais - insisto, jamais -, poderia aceitar uma proposta que só tem um nome: extorsão."
O caso segue agora os seus trâmites na polícia e, eventualmente, nos tribunais.
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