Cléo Tavares, a coprotagonista do filme "Diamantino", que hoje estreia, ambiciona uma carreira internacional. "É um objetivo, sim. Em Portugal, o mercado ainda é muito pequeno. Existem poucas ofertas, quando acontecem, é quase improvável agarrá-las e, para uma atriz negra, as oportunidades são ainda menores, o que torna tudo mais difícil", afirma a atriz em entrevista à edição deste mês da revista Saber Viver.

A dança e a moda são, a par da representação, duas das paixões de Cléo Tavares. Apesar de gostar de fazer cinema, é, no entanto, no teatro que se sente melhor e mais realizada. "Para mim, é o lugar do agora, [é] onde o público e o ator conseguem fazer uma viagem em conjunto. Não existem repetições, não existe a correção do erro, tudo acontece no momento. É mais difícil recorrer à ilusão", considera a atriz cabo-verdiana.

Depois de interpretar Aisha Rahim em "Diamantino", prepara-se para começar os ensaios de "A gaivota", a peça de teatro encenada por Pedro Baptista que marca a fase evolutiva da carreira que a desviou do caminho que tinha traçado. "Antes da representação, estava a estudar finanças e contabilidade no ISCTE, curso que não terminei. Provavelmente, se não fosse atriz, hoje estaria nessa área", confidencia.