Cláudio Ramos estreou-se este domingo, dia 12 de abril, na antena da TVI. O apresentador esteve ao lado de Fátima Lopes para conduzir uma emissão especial da estação que tinha como missão solidária angariar fundos para ajudar famílias que vivem dificuldades económicas devido à Covid-19.

A estreia ficou marcada pelo apoio e aplauso do público, mas também pelo facto de Cláudio ter cometido uma pequena gaffe ao referir várias vezes durante a emissão o nome da SIC. Algo que este fez questão de explicar com um texto partilhado na manhã desta segunda-feira no seu blogue - 'Eu Cláudio'.

"Estive entregue como sempre estou, com o nervoso da responsabilidade que é inerente à profissão e distraído como sou por natureza e por isso ao longo da emissão disse várias vezes SIC em vez de TVI. Não tombou o Carmo nem a trindade por fazê-lo. O meu director, que estava à minha frente, entendeu e sorriu, cúmplice, assim como os espectadores – Estive 18 anos a dizê-lo e é natural que aconteça – Ontem mais natural ainda, porque a emissão de ontem era uma emissão do País. Não de uma estação apenas, nem de uma região. Era a emissão que saía dos estúdios da TVI para o mundo", começou por explicar, lembrando que diversas chamou Júlia [Pinheiro] a Cristina [Ferreira] quando se estreou no 'Programa da Cristina'.

"Eu sou por natureza uma pessoa distraída, acho que isso ficou muito evidente nos últimos tempos e ainda que mudem registos e formatos a essência de um comunicador de verdade não se esconde e só passa verdade para casa se ele não se esconder. Eu não me escondo. Socorro-me de ‘muletas’ que me ajudem mas não me escondo, nem nas distrações nem na responsabilidade", continua.

Deixando as gaffes de lado, o novo rosto da TVI quis ainda contar de que forma viveu esta aguardada estreia que aconteceu dois meses depois de ter deixado a SIC.

"Foi um dia de emoções misturadas. Chorei assim que entrei no carro de volta a casa. Chorei quando cheguei a casa, porque sou assim também. Tenho tanto de forte como de frágil. São muitas coisas misturadas numa pessoa em poucos dias. Mas a vida é assim, estamos todos mais frágeis com o que está a acontecer, e percebi quão importante é estar na linha da frente", adianta, afirmando ter-se deparado com uma nova forma de fazer televisão à qual não estava habituado.

"Percebi, mais ainda que a televisão que se faz hoje não é televisão que deixei há dois meses. É uma televisão mais vazia de gente, sem o calor do público presente, sem o afecto do toque e apenas com a conversa dos olhos por trás de uma mascara. Isso derrubou-me. Talvez por estar há tanto tempo em casa sem ir a estúdio o choque foi maior, porque parece que de repente, a pandemia nos roubou também o lado humano por trás das cameras", refere.

E foram todas estas emoções que o "derrubaram" e levaram a que ao chegar a casa as lágrimas se apoderassem dos seus olhos. "Quando cheguei a casa chorei. Chorei, porque percebi no terreno que o mundo, nunca mais será o mesmo. Não se iludam. E isso é difícil de engolir", lamentou.

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