A Associação SORRIR tem como missão promover e salientar a importância de sorrir para a saúde, não pela ausência de doença, mas enquanto bem-estar físico, mental e emocional.

O movimento O MAIOR SORRISO DO MUNDO nasce em 2013 para reforçar esta mensagem e representa alegria, amor, saúde e bem-estar.

Figuras públicas e empreendedores aderiram à causa e partilharam os seus testemunhos. Conheça a história de Cila do Carmo.

O que é que a faz sorrir?

Cila do Carmo: Eu rio-me de tudo, mesmo das coisas más.

Aquilo que a faz sorrir é o mesmo que a faz feliz?

Cila do Carmo: Eu acho que sou feliz. Mesmo durante as maiores chatices, tento rir-me delas. Penso que nada é por acaso, por isso quando tenho um obstáculo à frente, tento perceber porquê. “Pára, pensa, ri e resolve!”

Qual foi a maior adversidade pela qual já passou?

Cila do Carmo: O meu pai esteve quase a morrer. Essa foi a maior adversidade, sem dúvida!

Como é que aguentou?

Cila do Carmo: Sempre a pensar que não fazia sentido. Não era a altura, não podia acontecer. Há 10 anos, na mesma altura em que me estava a separar, estava o meu pai a morrer. Para além de chatices no trabalho, problemas na tiróide. Vários problemas, tudo a acontecer ao mesmo tempo. O fundamental é não tirar os pés do chão, achar que tudo se vai resolver. No caso do meu pai eu tinha a certeza de que não ia acontecer nada. Eu acho que os problemas de saúde que eu tive na altura foram consequência do que estava a acontecer, nunca estive doente na vida, nem constipações. Sou psicossomática, logo prefiro dizer tudo e não guardar nada para mim. Naquela altura estava sempre a tentar ver o lado bom das coisas. Num dia apareceu-me uma bola na garganta, achava que estava com um cancro e afinal era uma disfunção na tiróide que estava relacionada com o sistema nervoso. Resolveu-se na altura. Foi uma altura de grande mudança, uma altura em que fechei para balanço e quando isso acontece devemos fazer isso sozinhos.

A ferramenta que utilizou para ultrapassar tudo o que referiu, foi manter-se positiva?

Cila do Carmo: Sempre, em tudo! Deixei de fazer planos. Acho que quando se fazem planos, corre tudo mal. Então vivo dia-a-dia. A vida é o que acontece quando se fazem planos, também não é andar ao sabor do vento, é tentar controlar algumas coisas na vida e desistir do resto, porque há coisas que não conseguimos controlar.

Sendo a Cila uma mulher de sucesso na sua área, como é que consegue essa proeza sem ter planos?

Cila do Carmo: Não faço planos a longo prazo. Tive alguns a longo prazo que consegui concretizar, mas a maior parte é difícil, porque acontece na vida qualquer coisa que nos tira daquele objectivo, porque não tinha de ser. Penso sempre “então estava a ir para o caminho errado”. Eu acho que a maioria das pessoas tem um complicómetro, complicam e se as coisas não são exactamente como tinham planeado, bloqueiam. E ganham depressões e tomam medicação, é uma coisa que me transcende.