A revolta é geral entre as figuras públicas portuguesas, foram poucos os que ficaram indiferentes à notícia que dá conta de que "um homem de 37 anos foi absolvido do crime de violência doméstica depois de ter sido apanhado a arrastar a mulher pelo pescoço".

A juíza Isabel Pereira Neto, do Tribunal de Paredes, deu os factos como provados mas considerou que os mesmos não tiveram "crueldade, insensibilidade e desprezo" suficientes para que fosse considerado violência doméstica.

Nuno Markl foi uma das primeiras pessoas a declarar publicamente a sua indignação.

"Ou seja: no fundo é uma espécie de segunda oportunidade que é dada ao homem. No sentido de ver se da próxima vez a coisa já obedece mais aos níveis de 'crueldade, insensibilidade e desprezo', lamenta o humorista.

Perante as palavras de Markl, foram muitos os nomes conhecidos a manifestar-se nos comentários da publicação.

"Piretes para todas as bestas. Do empregado, ao senhor doutor", reagiu a cantora Sónia Tavares.

Dália Madruga não poupou nas críticas à justiça portuguesa. "Uma juíza, uma mulher, uma decisão do tempo da pedra. Sinceramente, há dias em que sinto muito vergonha deste nosso país", declara.

Mais tarde, na sua conta oficial de Instagram, a antiga apresentadora de televisão voltou a lamentar: "Às vezes tenho a sensação que vivemos num país de terceiro mundo".

A cantora Isaura considerou a decisão do tribunal uma "estupidez". "O quê??? Então podemos fazer o que nos apetecer a toda gente desde que no final digamos que não foi por mal? Que estupidez", pode ler-se no seu comentário.

"Porque foi na rua? Uma juíza, ainda por cima", esgrima o humorista Diogo Beja.

Por seu turno, Fanny Rodrigues usou a sua página para lamentar: "Arrastar a mulher pelo pescoço não tem crueldade? Nem vou comentar".

Carolina Deslandes foi dura nas críticas. "Uma anedota chamada: justiça portuguesa", atira a cantora.

Jéssica Athayde partilhou um texto de Francisca de Magalhães Barros e lamentou que situações como esta ainda sejam julgadas desta forma em "2021".