A novela relativa ao escândalo sexual em que Harvey Weinstein está envolvido ganha novos contornos. Desta vez foi a assistente do produtor, de nome Zelda Perkins, quem fez uma nova denúncia.
Conforme a própria o confessou, Zelda, que trabalhou para a Miramax em Londres, e outra vítima de assédio sexual receberam 250 mil libras (aproximadamente, 280 mil euros) do produtor. A ideia era manterem em segredo o que se tinha passado em 1998.
Contudo e tendo em conta os mais recentes acontecimentos, Perkins decidiu quebrar o silêncio, e consequentemente o contrato de confidencialidade, ao revelar que também foi vítima de assédio.
Tudo começou quando o produtor lhe pediu para que ela lhe fizesse uma massagem enquanto estava em roupa interior. Numa primeira instância, a assistente negou, no entanto, Weinstein continuou a insistir.
“Este era o seu comportamento todas as vezes que ficava sozinha com ele”, respondeu. “Às vezes tinha que ir acordá-lo ao quarto de hotel e ele tentava-me puxar para a cama”, revelou.
Questionada sobre as razões pelas quais decidiu falar agora e quebrar o acordo, arriscando desta forma um processo em tribunal, a entrevistada respondeu: “A não ser que alguém se chegue à frente não haverá uma reflexão acerca da gravidade destes acordos e da frieza com que as vítimas foram colocadas de parte”, sublinhou.
Até então, Weinstein negou todas as acusações quanto a sexo não consensual. Contudo, estas são declarações que vão contra as dezenas de denúncias feitas por inúmeras atrizes, alvo de assédio ao logo das últimas três décadas.
O produtor de 65 anos continua a ser investigado pela polícia.
Assistente que fez a denúncia© Reprodução
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