Caiu mal na Argentina a notícia de que o Príncipe William de Inglaterra vai participar numa missão às Ilhas Malvinas como oficial das Forças Armadas britânicas. Os argentinos não conseguem esquecer a humilhante derrota militar que lhes foi infligida em 1982 pelas tropas de Sua Majestade.
As remotas ilhas do Atlântico Sul pertencem à Grã-Bretanha, mas a Argentina reivindica-as há mais de cem anos. Agora, a presença do Príncipe William faz regressar o fantasma da derrota de há 26 anos, quando a Argentina tentou tomar as ilhas pela força e acabou expulsa pelos soldados ingleses.
Em Buenos Aires, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Taiana, recordou que o seu país nunca reconheceu a soberania inglesa no território e considerou que a presença do filho da falecida Princesa de Gales e de Carlos de Inglaterra só reaviva o sentimento de revolta entre os argentinos.
A data da partida de William para o Atlântico Sul ainda não está marcada. Esta será a primeira vez que um membro da Casa Real Britânica visita as Malvinas desde a guerra de 1982. Nessa altura, o Príncipe André, tio de William, entrou em combate como piloto da Royal Navy.
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