Angelina Jolie foi proibida pelo governo da Bósnia de fazer neste país uma parte do seu primeiro filme como realizadora.
A famosa estrela de Hollywood começou a rodar o filme em Budapeste e pretendia terminá-lo, em Novembro, na Bósnia.
A produtora revelou que a película conta uma história de amor que começou antes da guerra da Bósnia, que deixou 100 mil mortos entre 1992 e 1995.
Jolie disse que o filme não vai interferir na política local, mas uma associação de vítimas femininas do conflito já se opôs a certos pormenores da trama, que ofenderiam os seus sentimentos.
"No filme, uma vítima apaixona-se pelo seu torturador", disse Bakira Hasecic, presidente da associação de Mulheres Vítimas da Guerra, segundo o jornal Oslobodjenje.
Jolie já se ofereceu para uma reunião com as mulheres, a fim de esclarecer dúvidas sobre o conteúdo do filme, mas o ministro bósnio da Cultura optou por cancelar uma primeira autorização para a rodagem.
"Já que a solicitação (para a filmagem) não está de acordo com a lei, está incompleta e não está acompanhada do roteiro necessário, o ministro Gavrilo Grahovac decidiu anular a permissão", disse o Ministério em comunicado.
A decisão diz, ainda, que a produtora Scout Film poderá enviar uma nova solicitação ao ministério que contenha a documentação necessária.
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