Suzana Garcia regressou à antena da TVI esta quarta-feira, dia 28, para uma entrevista reveladora com Manuel Luís Goucha.

A conversa centrou-se sobretudo nas várias polémicas que têm vindo a público nas últimas semanas devido ao facto de Suzana Garcia ter decidido candidatar-se a presidente da Câmara Municipal da Amadora.

Suzana, candidata independente apoiada pelo PSD, garante que vai "rasgar" o conformismo que sente a população da Amadora.

Questionada sobre as acusações que a apontam como uma pessoa racista, a advogada questiona: "Porque é que as pessoas acham que eu sou racista?".

"Alguma vez a TVI teria nesta casa uma convidada racista, xenófoba?", reforça a questão, garantindo que não é racista. "Eu fui convidada a ficar e a TVI sempre me tratou bem", assegura.

"Sou contra a pena de morte, sou contra a prisão perpétua", garante, explicando o seu ponto de vista.

"Dizerem que Portugal é um país racista incomoda-me profundamente", diz. "Somos um país com pessoas racistas, mas não somos um país racista", explica.

Suzana chegou mesmo a emocionar-se durante a entrevista ao contar os episódios de racismo de que foi vítima em África, onde nasceu e cresceu, nomeadamente por ter familiares negros.

Quanto a quem a liga ao Chega, Suzana reforça que não se identifica com as linhas do partido e que por isso recusou ser candidata pelo mesmo. Aliás, é pelo mesmo motivo que, garante, não aceitará coligar-se com o Chega no caso de ser eleita.

Questionada sobre o seu "ódio" por Mamadou Ba, dirigente da SOS Racismo, a advogada responde: "Eu não gosto de pessoas oportunistas e que são responsáveis por uma grande clivagem na nossa sociedade".

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