O dia 2 de julho ficará para sempre marcado na memória de Alba Baptista. Esta será a data de estreia da série da Netflix 'Warrior Nun', da qual foi protagonista. Mas a sua caminhada no mundo da representação começou muito antes deste projeto. Sendo presença assídua no cinema português, entre as várias tramas que contempla no seu currículo incluem-se filmes como 'Caminhos Magnétykos', de Edgar Pêra e 'Patrick', de Gonçalo Waddington.
O Notícias ao Minuto esteve à conversa com a atriz que conseguiu levar o talento português além fronteiras, através de uma história que promete entusiasmar os espectadores, sobretudo os fãs do mundo da fantasia.
Ansiosa para a estreia da série?
Sim, bastante. Acho que estou entusiasmada para ver a reação em Portugal e no mundo, mas principalmente dos meus amigos e família.
As expectativas estão altas?
Sim, o trailer promete exatamente o que irá ser. Retrata bastante bem todo o trabalho que foi feito e o género da série também. Estou curiosa.
Qual é a história que a série irá contar?
É uma série de uma adaptação de uma banda desenhada que se chama ‘Warrior Nun’. É centrada numa jovem de 19 anos que ressuscita no primeiro episódio com super poderes. Na primeira temporada será ela a descobrir os seus poderes e as responsabilidades que vêm com eles. É uma série que viaja entre vários géneros, a fantasia, syfy, ação, ficção adulta… acho que vai preencher vários gostos.
Envolve não só o aspeto religioso, como também a ciência da atualidade. É uma série de personagens principalmente focada nesta protagonista, que é uma descoberta tanto para ela, como para o espectador.
Como é que se preparou para esta personagem?
Pensei que iria ser mais difícil, mas rapidamente adaptei-me à língua, também já estava confortável com o inglês. Cheguei lá um mês antes do resto do elenco e tive várias reuniões com os produtores onde todos os dias íamos acrescentando alguns detalhes da personagem. Acho que foi uma preparação bastante completa.
Acha que tem alguma coisa em comum com a Ava?
Talvez a ingenuidade e a impulsividade, que também existem em mim. Mas de resto não tem muito a ver.
Onde decorrem as gravações?
Em Málaga.
O ritmo foi muito intenso, pois como era um papel de protagonista apareci em 98% dos episódios. Filmava mais do que 12 horas por dia e seis vezes por semana
Foi difícil o tempo em que esteve afastada de casa?
Não me custou muito ao início, já para o final sim, pois tinha saudades de algumas pessoas da minha vida, mas como estava tão exausta e ocupada, o tempo era pouco para pensar nas saudades. O ritmo foi muito intenso, pois como era um papel de protagonista apareci em 98% dos episódios. Filmava mais do que 12 horas por dia e seis vezes por semana.
A internacionalização sempre foi um objetivo ou foi algo que surgiu no caminho?
Surgiu no caminho… comecei a trabalhar aos 15 anos e via aquilo tudo como um jogo porque ainda estava na escola e era bastante protegida da realidade adulta. Foi só aos 18 anos que percebi que era um foco profissional que tinha e que queria que se tornasse internacional, uma vez que domino algumas línguas e gostava de aproveitar isso.
Ser atriz sempre foi o plano A, portanto.
Quando era mais nova não tinha isto nos meus planos, mas desde que conheci a arte da representação acho que não olhei para trás.
A nossa indústria é bastante instável e temos de estar preparados para as quedas ou subidas e para isso é preciso estar bem interiormente
Como é que descobriu esta arte?
Foi um pouco por acaso… fui chamada para um casting de uma curta metragem e eu não sabia em que é que consistia. A partir daí tive uma experiência única e inesquecível.
O que é que a diferencia como atriz?
É tudo bastante subjetivo, acho que consigo projetar felicidade para além do trabalho, não é apenas o meu único foco, acho que isso é bastante saudável. A nossa indústria é bastante instável e temos de estar preparados para as quedas ou subidas e para isso é preciso estar bem interiormente. Tento sempre trabalhar nesse aspeto paralelamente ao trabalho.
Como é que foi trabalhar com o Joaquim de Almeida?
É um profissional de se admirar e de se inspirar. O Joaquim já tem uma certa idade e continua com uma sede de ter novos papéis e de continuar a ser criativo. Espero ser assim quando tiver a idade dele.
A série da Netflix foi um passo à frente, não acho que será o maior passo na minha carreira
Quais as melhores memórias que guarda deste projeto?
Os momentos que tivemos entre o trabalho. Quando tínhamos um fim de semana livre agarrávamos nas nossas malas e íamos viajar para o outro lado de Espanha com alguns membros da equipa. Não havia diferença entre atores e equipa técnica, era tudo valorizado da mesma maneira e isso foi muito bonito. Sem dúvida, também as relações que criei com pessoas que considero mesmo amigos.
Quais são os planos para o futuro?
Não tenho pensado em Hollywood em específico. O que eu quero projetar são projetos de qualidade, quero continuar a ser desafiada e a crescer, porque sei que ainda tenho muito para crescer. A série da Netflix foi um passo à frente, não acho que será o maior passo na minha carreira, mas para já gostava de marcar uma pegada mais fixa no mercado europeu de cinema, que é o que me cativa muito também. O mercado americano, sim, se surgir, mas não é o meu foco principal.
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