A relação entre José Castelo Branco e Betty Grafstein - e os últimos polémicos desenvolvimentos - chegaram à famosa revista norte-americana Vanity Fair.
O longo artigo que saiu esta terça-feira disseca a relação do socialite com a criadora de joias -, mas também a vida de José Castelo Branco.
A peça, intitulada de 'A história de amor verdadeira e distorcida de Lady Betty Grafstein e José Castelo Branco', é o resultado de quatro meses de acompanhamento do casal e conta com declarações do próprio, de Betty, e ainda do filho desta, Roger Basile.
A conceituada revista questiona o património financeiro de Betty, o porquê de a herdeira da fortuna de diamantes Grafstein estar a fazer posts patrocinados de preenchimento facial aos 95 anos, versa sobre a casa de Sintra (alugada a Pedro Pico), a casa alugada em Nova Iorque, o amor entre o casal, a violência doméstica... e obtém respostas.
Em declarações à Vanity Fair, o filho de Betty diz mesmo que a mãe vive da Segurança Social, desmistificando o mito dos milhões da mãe.
"A minha mãe não tem um tostão!", afiança, frisando que, apesar de ter sido uma mulher que "vivia bem", atualmente os seus únicos bens de valor são roupas, joias e a casa em Sintra, que o casal hipotecou.
Ainda segundo Roger Basile, grande parte da história de Lady Betty Grafstein - apontada como dama comandante da Ordem do Império Britânico - é uma obra de ficção da autoria de José.
"Os meus avós eram pessoas simples", diz Basile sobre a família. "Visitei-os uma vez na sua pequena casa no campo."
O pai adotivo de Betty, que o casal dizia ser dono da revista masculina The Yachtsman, era, na verdade, um tipógrafo. Ainda segundo a revista, os registos do recenseamento confirmaram este facto e também indicaram que o avô de Betty - aquele cuja mulher era supostamente dama de companhia da Rainha Maria - era 'apenas' dono de um bar.
Basile argumentou que Betty era totalmente inocente em qualquer deturpação. "A minha mãe nunca se fez passar por mais do que era", em termos de riqueza ou de títulos, disse. "O José deu força a estas histórias e eles tornaram-se celebridades em Portugal. E ela alinhava nisso porque gostava da atenção."
Dois meses depois do escândalo de violência doméstica, Betty também fala com a jornalista, destapando o véu dos abusos.
"Ele dava-me murros quando eu menos esperava", conta, recordando um incidente em que lhe "deu um murro na cabeça como se eu fosse uma bola de futebol". O abuso começou "desde o início", afirma ainda Betty.
Betty também admite que José tinha "inventado histórias" sobre ela, incluindo sobre a sua condição de dama e sobre a sua avó adotiva, que supostamente teria sido dama de companhia da Rainha Maria. "O José gosta de glorificar tudo e de se exibir", considerou.
A jornalista, que durante meses se encontrou com o casal para o artigo, relata ainda que antes da fatídica viagem para Portugal, que culminaria na separação do casal, os ouviu discutir. "Estás a dar cabo da minha vida!" gritou José para Betty, que gritou de volta: "Eu não vou para Portugal!".
Depois de três horas a fazer malas, processo no qual a jornalista participou, o casal jantou, por volta da uma da manhã, "coscuvilharam" sobre celebridades e acabariam por apanhar o avião na manhã seguinte.
Numa última conversa com Betty, a jornalista relata a inconsistência das declarações e que o filho reconheceu que a memória da mãe não era muito clara, principalmente no que toca às alegadas agressões: "Ela está sempre a falar de escadas. Mas quando me contou isto, disse que ele a tinha empurrado de uma janela. Foi por isso que me custou a acreditar que fosse três andares. Achei que ela estaria morta de certeza."
À Vanity Fair, José Castelo Branco reitera o que tem afirmado nos últimos meses: nunca agrediu Betty nem esteve casado com ela nos últimos 30 anos por dinheiro.
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