A abdicação da rainha Margarida apanhou os dinamarqueses totalmente de surpresa, não só porque a soberana sempre manifestou vontade de se manter no trono até ao fim dos seus dias, como também porque abdicar é algo quase inédito na Dinamarca.
Marlene Koenig, historiadora real, explicou em declarações à revista Hello! que a abdicação não é comum na história da monarquia dinamarquesa, sendo que a última aconteceu há quase 900 anos, quando Eric III deixou o trono em 1146.
"Em inúmeras entrevistas e declarações, a rainha Margarida foi inflexível sobre a decisão de não abdicar. No seu discurso [de Ano Novo], Margarida aludiu à sua cirurgia nas costas [a que se submeteu há quase um ano] e disse que isso fez com que ela pensasse em abdicar", afirmou, explicando que não esperava que a rainha abdicasse, mas que parece ter sido uma decisão "cuidadosa" e "não apressada".
"A cirurgia [à qual se seguiu um período de convalescença] naturalmente deu origem a pensar sobre o futuro, sobre se tinha chegado a hora de deixar a responsabilidade para a próxima geração", afirmou ainda a historiadora.
De recordar que existem outras monarquias que têm como tradição a abdicação, como acontece na Holanda ou na Bélgica. Já em países como a Noruega ou Inglaterra, o costume é que os reis de mantenham no exercício de funções até ao dia da sua morte.
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