O sonho era um desejo antigo e demorou (muitos) anos a concretizar mas, depois de uma série de percalços que foram adiando a abertura oficial do espaço, o novo 17.56 Museu & Enoteca da Real Companhia Velha, que integra o Museu da 1.ª Demarcação e a Enoteca 17.56, estão oficialmente a funcionar a partir de hoje, naquele que, em tempos, foi um antigo armazém da conceituada empresa vitivinícola do norte do país.
Localizado no número 44 B da alameda da rua Serpa Pinto, em pleno cais fluvial de Vila Nova de Gaia, à beira-rio, a abraçar o Porto, a sensação que temos quando observamos a eterna cidade invicta a partir do confortável e encantador terraço panorâmico que o integra, o novo empreendimento turístico, que também tem uma entrada pela avenida Ramos Pinto, ocupa uma área de cerca de 3.000 metros quadrados.
O Museu da 1.ª Demarcação, no piso 0, é contíguo a uma sala de provas e loja de vinhos. Dividido em seis capítulos, conta a história do Douro, a mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo, indissociável da própria história da Real Companhia Velha. "É um regresso, de certo modo, às origens", disse ao Modern Life, durante uma visita ao espaço Pedro Silva Reis, presidente da reputada empresa vitivinícola.
A funcionar diariamente entre as 10h30 e as 19h00, tem um custo de 15 € por pessoa, valor que inclui uma prova de vinhos da região. A enoteca, com 190 lugares, abre meia hora mais tarde, às 11h00, encerrando às 23h00. Além da queijaria Fromagerie Portuguesa, integra o raw bar de sushi Shiko e a steakhouse Reitoria, que também serve sandes gourmet. "O vinho é o foco de todo este projeto", sublinha, no entanto, o responsável.
Além de uma zona de lounge e do terraço panorâmico com uma vista imperdível, a Enoteca 17.56, que deve o nome ao ano em que foi criada a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, também denominada Real Companhia Velha, integra ainda duas salas privadas e um cigar club, um espaço exlusivo para apreciadores de charutos, que ali os podem saborear enquanto degustam os melhores néctares da região.
"Não existia, até agora, na cidade, nenhum local onde um turista ou um habitante local pudesse beber um cálice de vinho do Porto e fumar um charuto", sublinha Pedro Silva Reis. "Este é um projeto com o qual sonhávamos há anos, senão décadas. Naturalmente, vamos manter as nossas instalações e as nossas caves na rua Azevedo de Magalhães, também em Vila Nova de Gaia, com um circuito de visitas e provas", informa ainda.
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