O Museu do Oriente dá as boas-vindas ao Ano do Tigre e celebra a entrada no novo ano lunar, ao longo do mês de fevereiro, com atividades para todas as idades que convidam a conhecer os costumes e as tradições chinesas típicas desta época.

Na terça-feira, 1 de fevereiro, dia que assinala a chegada do novo ano chinês, a entrada no Museu do Oriente é gratuita, mediante inscrição, e realiza-se, às 17h00, uma visita orientada às exposições em torno da temática do ano lunar.

Depois do Búfalo, é ao Tigre que são dedicados os tradicionais recortes em papel, ou Jianzhi. No sábado, 5 de fevereiro, esta arte, considerada Património Imaterial da Humanidade desde 2009, é dada a conhecer num workshop que ensina as técnicas utilizadas para criar os delicados recortes em papel vermelho, usados para decorar as casas por ocasião do Ano Novo e atrair a prosperidade.

Jianzhi
Jianzhi créditos: Museu do Oriente

Hong bao em mandarim, lai si em cantonense, são nomes diferentes para um mesmo presente, envelopes vermelhos que, tradicionalmente, são distribuídos na China durante a festa de Ano Novo. Oferecer um lai si representa uma oferta para quem é presenteado e para quem presenteia, pois atrai, assim, também para si, a boa sorte.

No sábado, 5 de fevereiro, os mais novos são convidados a conhecer e a experimentar esta tradição, na oficina “Lai Si – da China para ti!” que se realiza durante a tarde.

Lai Si
Lai Si créditos: Museu do Oriente

No domingo, 6 de fevereiro, é em conversa com as peças que os mais novos vão descobrir o “Casaco de Dragão”, um dos objetos em exposição no Museu do Oriente que, certamente, muitas histórias tem para contar sobre o novo ano lunar.

Já os mais crescidos são convidados a iniciar o Ano do Tigre com uma sessão de Tai Chi Chuan, uma forma de cultivar o equilíbrio e a harmonia, através de uma prática corporal e meditativa oriunda da tradição clássica chinesa.

Casaco de Dragão
Casaco de Dragão créditos: Museu do Oriente

“O Vermelho de toda a China” é o espetáculo de dança e músicas tradicionais que se realiza a 6 de fevereiro, às 18h00. Durante o Festival da Primavera, também conhecido como Ano Novo Chinês, as diferentes regiões da China celebram de formas variadas, mas o vermelho é sempre a cor comum e representativa das festividades, significando bons auspícios, celebração, prosperidade e boa sorte para os próximos meses.

Entre músicas e danças tradicionais, este espectáculo pela Associação Pensamento Oriental promete transportar o público para o universo chinês, sob o signo e simbologia do vermelho que o caracteriza.

ano novo lunar
créditos: Museu do Oriente

Depois de um ano com tantos desafios, aprender estratégias que autonomizem cada um de nós na superação das adversidades pode ser uma grande ajuda. No dia 8 de fevereiro, o workshop “Selecção da data e organização da Agenda Tong Shu” ensina a alinhar a energia do tempo com o planeamento das acções.

Segundo o almanaque chinês Tong Shu, há dias mais prósperos e auspiciosos que outros e, seleccionar uma data positiva segundo o calendário solar chinês, é uma das formas de melhorar o resultados dos projectos.

Desde a Lua Nova, que marca o início do ano, até à Lua Cheia, os festejos em torno do Ano Novo multiplicam-se. Ao 15.º dia, correspondente à noite de lua cheia, ocorre o Festival das Lanternas que marca o encerramento das comemorações de entrada no novo ano.

No dia 12 de fevereiro, “Lanternas Chinesas”, uma oficina para famílias ensina a construir exemplares originais para que todos participem neste ritual. Também neste dia, mas dirigido a um público adulto, “A energia do Feng Shui para 2022 – o Ano do Tigre” ensina a reequilibrar as energias da nossa casa, utilizando os princípios desta filosofia oriental para 2022.

No dia 13, é com a oficina de Caligrafia Chinesa que os mais pequenos se vão iniciar nesta arte milenar.

caligrafia chinesa
créditos: Museu do Oriente

A encerrar o programa das festividades, no dia 26 de fevereiro, o desafio é para as crianças entre os 7 e os 12 anos. “Constrói a tua máscara” baseia-se na lenda do chamamento de Buda - segundo a qual, Buda lançou a todos os animais da floresta um convite para celebrar o Ano Novo, mas apenas 12 animais apareceram, tendo sido atribuído, a cada um, um ano do calendário lunar - para inspirar os mais novos a construírem a máscara do animal do zodíaco chinês com que mais se identificam.

Na China, o tigre é considerado o rei dos animais, símbolo de vivacidade e força, sendo também o representante do princípio masculino (Yang) na natureza.

Por estas razões, o tigre é um animal auspicioso, muito adorado, estando representado em vários aspectos da cultura tradicional.

Para 2022, espera-se que a regência do tigre, com a sua força e vivacidade características, seja indicativa de transformação rumo a um novo paradigma social.