A Associação de Jardins Mediterrânicos é uma organização internacional com ramificação em Portugal destinada a todos os que têm um interesse especial nas plantas e jardins de regiões de clima mediterrânico. O que é e quem a compõe? Trata-se de uma associação sem fins lucrativos composta por uma grande variedade de membros em todo o mundo, amantes de plantas, jardineiros profissionais e amadores, arquitetos paisagistas, botânicos, entre outros. Abrange desde uma condessa que é dona de uma casa de campo numa ilha mediterrânica até uma funcionária do Jardim Botânico de Kew Gardens, um arquiteto paisagista Israelita e um editor de uma revista sobre jardins da Califórnia nos EUA.

Em comum têm um interesse por plantas e jardins mediterrânicos, com todos os seus aspetos positivos e negativos. Foi fundada na Grécia. É lá que está registada. Em Sparoza, perto de Atenas, conserva-se uma exposição e um jardim modelo. Contudo, é uma associação internacional com ramificações em muitos países como Austrália e Califórnia. Quem domina a língua inglesa pode ter acesso à publicação trimestral ou ao site na internet. Mas quais os benefícios de se ser membro desta associação?

Pode usufruir de uma revista trimestral, The Mediterranean Garden, que contém uma extraordinária variedade de artigos, como por exemplo o estudo da construção de um novo jardim na Grécia, os problemas de um solo com pH elevado, truques para poupar água e, sobretudo, conhecimentos sobre plantas. As visitas guiadas são uma das grandes atrações. Há um encontro geral anual que inclui quatro dias completos de excursões, visitas ao jardim e ao instituto e palestras. As filiais internacionais organizam excursões mais pequenas.

Filial portuguesa potencia troca de experiências e conhecimentos

A filial portuguesa organiza anualmente a Feira do Jardim Mediterrânico no Algarve, no outono, sendo esta uma oportunidade para se encontrar com outros jardineiros, comprar plantas de viveiros especializados e adquirir conhecimentos através dos programas de palestras e workshops. Há encontros regulares baseados na troca de conhecimentos sobre o tipo de jardinagem apropriada para climas mediterrânicos. Estes encontros podem ter um caráter mais prático sobre lavandulas ou plantas suculentas ou basear-se em visitas a jardins particulares e a viveiros recomendados.

O uso de plantas nativas e que toleram a pouca humidade é essencial para um bonito jardim mediterrânico. Pretende-se sobretudo poupar água ou fazer uma jardinagem completamente seca, o que é uma mudança radical dos bons velhos relvados britânicos para uma escolha de plantas mais sensata. Dá-se especial importância e recomendam- se as plantas que se dão bem em ambientes secos. Alguns jardins passam sem rega, uma autêntica proeza em climas em que nos longos meses de verão não cai um pingo de chuva.

Por outro lado, os métodos utilizados na rega para poupança de água, especialmente a rega a contagotas, são muito discutíveis. Ambos os métodos estão a ser cada vez mais utilizados. As trocas de experiências entre jardineiros profissionais e amadores é benéfica para ambos e a associação proporciona um ponto de encontro onde estas trocas são possíveis. O site na internet disponibiliza numerosos dados informativos, inclusive filiais locais, uma caixa onde se podem colocar questões, um fórum para plantas e um fórum para membros.

Texto: Rosie Peddle (responsável pela filial portuguesa da Associação de Jardins Mediterrânicos)