Abriu há menos de um mês, é caro e tem estado sempre cheio. A funcionar em regime de soft opening desde 29 de setembro, com habitações com preços entre os 350 € e os 2.000 €, o novo hotel Verride Palácio Santa Catarina tem tido uma procura muito superior à inicialmente esperada. «Estamos cheios. É um fenómeno», admitiu ao Modern Life/SAPO Lifestyle Paula Marques, diretora-geral da unidade hoteleira.

Anteriormente propriedade da Caixa Geral de Depósitos, o antigo palácio de João Lobo de Santiago Gouveia, conde de Verride, foi transformado num boutique hotel de 19 quartos, com duas suites dignas de reis e rainhas, onde nenhum pormenor foi deixado ao acaso. O seu interior alia o charme oitocentista à arquitetura moderna e contemporânea dos dias de hoje. Teresa Nunes da Ponte assina o projeto.

O design de interiores também teve intervenção direta desta arquiteta, que trabalhou com o designer Andrea Previ e com os proprietários, Kees Eijrond e Naushad Kanji, um casal de empresários holandeses que se perdeu de amores por Lisboa e que desembolsou 12 milhões de euros na aquisição do imóvel e mais 18 milhões de euros na sua recuperação e na sua redecoração, apostando no conforto dos interiores.

«São quartos que, em termos de espaço, são muito generosos. Têm muito interesse para o mercado internacional», afiança Paula Marques. Nas primeiras duas semanas, além de ter colocado o hotel nos sites Booking.com e Expedia.com, não foi feita qualquer publicidade ao empreendimento. Num ápice, começaram a aparecer árabes, libaneses e israelitas. «Nós só abrimos a porta», assegura a diretora-geral do hotel.

Outro fenómeno surpreendente tem sido o tempo de permanência. «Estamos com uma taxa de ocupação de 3,5 dias quando a média é de 1,5 dias e, logo nas primeiras semanas, tivemos hóspedes repetentes», regozija-se a responsável. A procura tem-se também estendido ao gastrobar Suba, no rooftop do hotel, com propostas gastronómicas do chef Bruno Carvalho e com uma vista panorâmica de 360 graus sobre a capital.

Abriu há menos de um mês, é caro e tem estado sempre cheio

Texto: Luis Batista Gonçalves com Paulo Carvalho (fotografias)