Pedro Almeida Melo, um jardineiro amador leitor habitual da revista Jardins, confessa que recorre apenas a sites de jardinagem quando tem
duvidas ou pretende esclarecer alguma informação e considera stressante ver como algumas
empresas de jardinagem tratam as plantas.

Tem um jardim em Fontanelas, na zona saloia do concelho de Sintra, onde reside e onde aceitou revelar a sua paixão e alguns dos seus truques de jardinagem.

«Nasci e cresci em frente a um
jardim, não sei se teve alguma influência
mas lembro-me de gostar sempre de
plantas e flores», começa por desabafar. No seu jardim, tem várias espécies num
terreno com cerca de 3.000 m2, incluindo pinheiros de grande porte, sebes de várias espécies, roseiras,
hortenses, bouganvileas, aloés, hibiscos,
sardinheiras, costela-de-adão, pata-decavalo,
lantanas, limoeiros, yucas, cyca,
coníferas, malmequeres ou margaridas de
várias espécies, crisântemos e agapantos,
entre outras.

«O jardim já fazia parte da casa que
comprei em ruínas. Tentei adaptar o
existente e acrescentei algumas plantas
que gostava especialmente e outras que
me foram dando. Fui tendo algumas ajudas
mas poucas, mais na plantação da relva», sublinha. Uma ajuda e uma opinião técnica
é sempre bem vinda e adequada ao
planeamento de um jardim.

«Infelizmente, só posso dar
atenção ao jardim no fim de semana,
no entanto faço algumas semanas de
férias em casa e aí dedico-me a trabalhos
maiores», afiança. «Recorri uma vez ou outra a
empresas de jardinagem mas é
stressante ver alguns destes técnicos
pisarem e cortarem por descuido sem dó
nem piedade algumas espécies», revela ainda.

Veja a GALERIA DE IMAGENS DO JARDIM DE PEDRO ALMEIDA MELO

 

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Apesar de já ter visitado outros jardins, é o seu, perdido na ruralidade de um dos maiores concelhos do país, que ocupa um lugar especial.

«Conheço poucos jardins públicos
portugueses, mais na zona de Lisboa e
Sintra. Há sempre qualquer coisa que nos
agrada mais num ou noutro. No estrangeiro, fiquei deslumbrado
com Powerscourt, na
Irlanda», confessa.

Quando está a jardinar usa,
essencialmente, «as mãos, um
saxo, uma tesoura e claro, aquele ajudante
elétrico para cortar a relva», refere.

«Frequento alguns centros de jardinagem,
mais de visita. É tudo carissímo e muitas
das plantas têm um tempo de vida muito
limitado. É tudo de fabrico forçado e
depois não resistem. Costumo visitar,
dada a proximidade, o Jardim Primavera e
a Quinta da Eira, em
Sintra», publicita.

Na hora de receber presentes, já foi surpreendido por prendas mais viradas para o jardim do que para ele. «Tenho tido várias ofertas, desde
árvores de frutos, arbustos e até utensílios
de jardinagem, mas normalmente o que
gosto mesmo é de uma boa ajuda de mão
de obra gratuita», afirma.

Na hora de oferecer, o inverso também é verdadeiro. «Já ofereci várias plantas
compradas, a pessoas amigas
nomeadamente roseiras e hibiscos.
Quando é oportuno e sempre que posso
ou tenho tempo, faço algumas estacas de
espécies minhas e acabo por oferecer», assume. «Só ocasionalmente, por uma
dúvida ou outra que me pode surgir, é
que acabo por visitar um ou outro site de
jardinagem», refere ainda.