Todas as alturas do ano são perfeitas para renovar e/ou reformular o seu jardim. Se dispõe de pouco espaço, deve ser, todavia, criterioso no momento de escolher os novos inquilinos. Se for o caso, exclua, à partida, as variedades botânicas de grande desenvolvimento, que podem vir a crescer demasiado, optando pelas que mais se adequam às limitações que possa ter. Descubra, de seguida, algumas das espécies botânicas mais recomendadas por jardineiros profissionais de todo o mundo.

1. Cedro-do-japão

O cedro-do-japão também é conhecido como cedro-japonês e como criptoméria. Apesar de ser um cipreste, não pertence ao género Cedrus. Esta variedade botânica é perfeita para terrenos relvados. Prefere, por norma, solos frescos, ricos em humus e com uma boa drenagem. Deve, no entanto, mantê-la fora de zonas ventosas. Pode chegar, em condições favoráveis, aos 70 metros de altura.

2. Bétula

A bétula desenvolve-se rapidamente, pelo que pode ser outra das opções a considerar. No outono e no inverno, a sua folhagem adquire uma tonalidade surpreendente. Pertencente ao género de árvores da família Betulaceae, é próxima da das Fagaceae, que integra os carvalhos. As bétulas são arbustos de tamanho médio, característicos dos climas temperados do hemisfério norte.

3. Magnólia

As magnólias são árvores, arbustos ou arvoretas semidecíduas ou decíduas, apreciados como ornamentais em jardins, principalmente em locais de clima temperado ou subtropical. Produzem abundantes flores brancas, rosadas e amarelas, grandes e perfumadas. Muito resistente ao frio e ao vento, a magnólia é ideal para jardins modernos. Ate os ramos para evitar que se rompam com os ventos mais fortes.

4. Macieira-de-flor

Esta variedade botânica é outra das opções aconselhadas pelos especialistas em jardinagem. A macieira-de-flor realça o encanto de um jardim natural. Por isso, é que há muitos a recomendá-la. Esta árvore alcança, em média, em condições favoráveis, sete metros ao longo de duas décadas, um fator que deve ter em conta ao escolher o local onde a vai plantar. Coloque-a ao sol em solo rico e húmido.

5. Arce-japonês

O arce-japonês cresce lentamente. Plante-o no meio do relvado, deixando um alporque livre de erva em toda a extensão das raízes. Pode atingir uma dezena de metros de altura mas, em média, não ultrapassa os cinco. Esta variedade botânica prefere solos ácidos e frescos. Também conhecida como bordo-japonês é uma pequena árvore decídua, que requer estratificação para germinar.

6. Ligustro

Muito comum no sul do país, o alfeneiro-do-japão, como também é conhecido o ligustro, surpreende pela floração branca. Esta variedade botânica, muito comum nos países da América do Sul, não ultrapassa, por norma, os três metros de altura. O primeiro ocidental a descrever esta espécie foi o missionário jesuíta português João de Loureiro na sua obra "Flora Cochinchinensis", publicada em 1790.

7. Cerejeira-japonesa

A cerejeira-japonesa é outra das sugestões que vieram diretamente do continente asiático para o europeu. O tamanho pequeno e a floração vistosa tornam esta árvore ideal para adornar acessos, sendo muitos os arquitetos paisagistas que, um pouco por todo o mundo, a utilizam para esse fim. Esta variedade botânica gosta de terrenos profundos e frescos, um fator que deve ter em consideração.

8. Ginkgo biloba

Pode atingir 20 metros de altura. Muito resistente a condições climatéricas rigorosas, o ginkgo biloba, que sobreviveu às explosões atómicas no Japão, em 1945, tem uma grande durabilidade. Adapta-se facilmente a todos os tipos de solo, apresar de preferir terrenos profundos e/ou bem drenados. De origem chinesa, esta árvore, símbolo de paz, é considerada um fóssil vivo, pois já existia no tempo dos dinossauros, há mais de 200 milhões de anos.

9. Cipreste

Com a sua silhueta alta, cónica, esguia e elegante, o cipreste é outra das opções a considerar. Para além de ser muito resistente, tem ainda a vantagem de se adaptar facilmente a qualquer tipo de solo. Por serem associadas aos cemitérios, estas árvores coníferas da família das Cupressaceae têm vindo a perder protagonismo nos jardins portugueses com o passar dos séculos.

10. Tília

Muito conhecida pelo seu chá, a tília floresce durante todo o verão. Como tem uma longevidade acima da média, como é muito resistente e como se adapta facilmente a qualquer tipo de solo, esta árvore decorativa é uma opção segura. É típica de regiões de clima temperado, com estações do ano bem demarcadas, como as nossas costumavam ser. A maior tília existente em Portugal, no concelho de Paredes, tem 22 metros de altura e 24 metros de diâmetro de copa.

11. Tamaris-da-primavera

A Tamarix tetrandra, designação científica desta variedade botânica, pode atingir 10 metros de altura e três metros de largura, pelo que só deve ser plantada em locais onde tenha espaço para poder vir a crescer. A tamaris-da-primavera é muito resistente ao vento, ao frio e também à geada, o que a torna numa das opções a considerar para jardins construídos em lugares de maior altitude e em espaços com maiores oscilações de temperatura.

12. Oliveira

Apesar de a associarmos a grandes espaços e a olivais a perder de vista nalgumas regiões do país, a oliveira também pode ser cultivada num terreno mais pequeno ou até em vaso, num terraço ou numa varanda, conferindo-lhe um aspeto mais mediterrânico. Tolera temperaturas elevadas e também resiste às mais frias, o que acaba por lhe dar vantagem em relação a outras variedades botânicas.

13. Espinho-de-jerusalém

Também conhecida como palo-verde, como palo-verde-mexicano e ainda como parkinsonia, em homenagem ao botânico inglês John Parkinson, a Parkinsonia aculeata, nome científico do espinho-de-jerusalém, é uma árvore ornamental que se propaga com muita facilidade. Na Austrália, ao contrário do que sucede na maior parte dos países, foi considerada uma espécie invasora.

14. Aroeira

A aroeira é uma das várias espécies de árvores da família das Anacardiaceae. Típica de regiões mais frias, é muito utilizada como planta medicinal, apesar de também embelezar muitos jardins nacionais. São muitas as variedades que existem, como é o caso da aroeira-branca, da aroeira-do-campo, da aroeira-pimenteira, do lentisco e da aroeira-periquita.

15. Limoeiro

Apesar de ser uma árvore de pomar, também pode ser usada para incrementar a variedade botânica num jardim. Ao contrário de outras variedades cítricas, o limoeiro produz frutos de forma contínua, o que acaba por ser um dos atrativos, uma vez que o limão é um dos ingredientes alimentares mais usados em Portugal. Esta árvore não costuma ultrapassar os seis metros de altura. Para além de solos leves, férteis e bem drenados, gosta de locais ensolarados e resguardados dos ventos.