Agir em fluxo consciente no nosso espaço está intimamente conectado com a sustentabilidade do nosso planeta. Só através desse fluxo conseguimos sentir visceralmente o impacto circular das nossas ações. Quanto mais natural for a nossa casa, mais saudável será. E isso leva-nos a tomar decisões importantes a todos os níveis e camadas da nossa vivência: que tipo de roupa compramos, que detergentes usamos, com que produtos de higiene nos lavamos, que tipo de comida comemos ou como tratamos o nosso lixo.

Sabendo de antemão que tudo o que é natural tem uma assinatura energética constante e forte, ao contrário de tudo o que é processado ou industrializado, cujo padrão energético é caótico, se permitirmos que a nossa casa respire com materiais e produtos mais naturais, também nós beneficiaremos de uma maior clareza e leveza todos os dias.

Há milénios, o feng shui nascia da necessidade de segurança num mundo selvagem e imprevisível. Agora pode ser aplicado de forma a abranger o mundo humano e o mundo natural, procurando o equilíbrio perdido. O que faz mal ao ambiente faz mal ao ser humano, nas suas vertentes físicas, mentais, emocionais e espirituais. Então como podemos cuidar da terra e cuidar de nós, física e energeticamente falando? Seguem-se cinco dicas para ajudar a terra, a casa e o corpo:

1. Privilegiar materiais naturais

Algodão, linho, lãs, madeira natural, tintas. Os materiais naturais têm um chi (energia vital) mais fluido e constante, ao contrário dos materiais sintéticos e industriais, cuja a energia é demasiado caótica e sem um padrão definido. Preferencialmente, estes materiais devem ser certificados como biológicos e provenientes de comércio justo. Os habitantes beneficiam muito mais em estarem rodeados de materiais naturais na sua casa, pois a própria energia da casa fica mais estável.

2. Poupar recursos

Gastar abundantemente os recursos disponíveis não é sinal de prosperidade mas sinal de não saber gerir a energia disponível, interna (emoções) e externa (corpo). Apagar as luzes quando não são necessárias, ter filtros nas torneiras para que gastem menos água e não fazer descargas completas no autoclismo são apenas algumas ideias para gerir melhor os recursos disponíveis.

3. Optar por produtos de limpeza naturais

Opte por detergentes para a loiça, roupa ou casa, champôs ou perfumes idealmente biológicos e de embalagens recicláveis ou reutilizáveis, podendo ainda fazê-los em casa. Imagina a quantidade de químicos nocivos que têm os detergentes que normalmente usamos? Quereremos mesmo deitar-nos naquela fronha lavada e cheia de químicos? Ou comer naquele prato lavado com um detergente que mata 99 % da vida marítima? Quer mesmo lavar-se com um sabão cheio de químicos para depois ter de usar um creme processado industrialmente para evitar ficar com a pele seca?

4. Cuidado com os cheiros

Naturalmente que, devido a milénios sem esgotos, as populações humanas inventaram mil maneiras de mascarar os maus cheiros que os rodeavam, desde dejectos à decomposição. Hoje em dia, o cheiro é ainda sinal de limpeza, mas o problema é a chamada poluição olfativa: os cheiros usados atualmente não são naturais, estando cheios de químicos e compostos extremamente agressivos. Quem trabalha com aromoterapia sabe a importância dos cheiros com que nos rodeamos. Privilegie cheiros de fontes naturais, tais como incensos de resina natural ou óleos biológicos de aromoterapia.

5. Pertences variados

Para resolver a acumulação na nossa casa, podemos reciclar, arranjar e reutilizar móveis, aparelhos ou outro tipo de posses. Se virmos que algo não nos serve mesmo devemos tentar doar ou vender para que seja usado por outra pessoa (caso não esteja estragado, naturalmente). Mais importante que tudo é tentar não comprar ou adquirir mais coisas. O que podemos fazer com o que temos?

Tudo o que é natural, com o seu chi fluido e constante, emana uma energia benéfica. Cuidar do ambiente é um aliado poderoso do feng shui das nossas casas, cuidando do bem-estar físico, emocional e energético de cada um dos seus habitantes.


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