O 8 como guardião do mês de janeiro.

Tal como dizia Henry Ford: “Fazer mais pelo mundo do que o mundo faz por si - eis o sucesso.” Esta poderia ser a máxima que ilustra o convite que o 8, como guardião deste mês de janeiro, nos faz, ao desafiar-nos naquilo que, por vezes, parece tão fácil de executar em teoria, mas que se torna tão difícil de colocar em prática no quotidiano.

O 8 é um número que, por norma, se associa à expansão da nossa consciência e que alarga os nossos horizontes; que nos incita a ultrapassar limites e obstáculos que nos são impostos por terceiros ou ainda aqueles que nos autoimpomos, mesmo que de forma inconsciente.

É um impulsionador nato, porque representa o movimento cósmico incessante, cuja energia jamais estagna ou se esgota.

O 8 é por isso muito associado à abundância, à fartura, à riqueza, à prosperidade e à fertilidade. Uma energia que amplia todo tipo de experiências como se fosse uma lupa altamente poderosa e capaz de alcançar todos os domínios da existência humana.

Assim, como guardião deste mês, podemos orientar-nos pela energia que ele exorta. Procuremos reconhecer as bênçãos de abundância que temos nas nossas vidas. São tantas, e acontecem todos os dias e a todos os segundos. A verdade é que perdemos a capacidade de as contar, porque tornámo-nos tão exigentes que nem sequer as reconhecemos. Passa tudo tão rápido que perdemos a capacidade de nos deleitarmos com os pequenos “nadas” desta vida tão efémera.

O 8 desafia-nos, portanto, a ir além da visão curta e mesquinha e impele-nos a ir mais longe, a voar para o alto de um penhasco e a pedir emprestada a visão da águia – aquela que tanto vê a floresta como um todo, como distingue uma única árvore no meio da amálgama de verdes. Esse animal sagrado e solar, cuja visão é perfeita, pode ensinar-nos muito acerca da abundância, da expansão, da mudança de perspetiva e de aprender a lidar com o grande e com o pequeno, com o perto e o longe.

As oportunidades ao longo deste mês e sob esta vibração são inúmeras, mas há que estar atento, lembrando que a energia que modula cada um dos meses do ano é 7 – o guardião de 2023 –, e, atenção, observação e concentração são algumas das principais características deste número místico e sagrado, que é o 7.

O sucesso pode bater-nos à porta, mas é preciso estar preparado para ele. A sorte não acontece por acaso. A sorte conquista-se com sangue, suor e lágrimas – e não há milagres no que diz respeito a este tema.

O trabalho interior para crescimento e evolução espiritual passa, precisamente, por um lado, pelo sucesso no plano material (dinheiro, reputação, fama, poder e espírito de luta) e por outro, por saber usar a sabedoria, seguindo a sua intuição, e por manter o respeito pelos valores morais e espirituais. O cerne da questão consiste em encontrar o equilíbrio entre esses dois polos (aparentemente) opostos.

Para nós fica reservado o papel de alcançar o sucesso no plano material, sem jamais deixar de considerar certas qualidades internas, como sensatez, moderação, humildade e modéstia quanto a esse sucesso e, acima de tudo, mantermos uma boa dose de generosidade, partilhando com os outros um pedaço das nossas conquistas.

Se formos capazes de seguir esse trilho, poderemos experimentar uma imensa satisfação de nos sentirmos tranquilos e em paz.

Contudo, como em qualquer circunstância há sempre desafios a superar e o maior desafio deste mês fica a cargo do número 6 – uma espécie de termómetro pessoal que vai mostrando a temperatura ao longo dos dias: quanto mais “quente” maior e mais complexo é o desafio.

O tema do 6 enquanto desafio diz respeito às questões relacionadas com a família, com os deveres e obrigações que temos para com ela, mas acima de tudo com a importância de nos doarmos sem cobranças nem exigências.

Se é para fazer algo, que o façamos desde o coração, caso contrário, será penoso não só para nós, mas também para as pessoas a quem estaremos a ajudar. E, porque todos temos a capacidade de reconhecer as frequências, ou a energia, se preferirem, geradas a partir das nossas ações e respetivas intenções, os outros sentem se o que fazemos é com boa-vontade e intenção clara de as ajudar, sem querer nada em troca, ou não. Portanto, imaginem como se devem sentir, caso a nossa dedicação, seja afinal uma obrigação que fazemos contrariados e aborrecidos. É só trocar de lugar com elas e saberemos como dói.

Outro aspeto complexo do mês diz respeito a sentimentos de posse e controlo sobre os outros. Há que mergulhar bem fundo nas nossas camadas mais sombrias – e para isso, mais uma vez, teremos a preciosa ajuda do 7, que nos leva para o mundo da introspeção e da reflexão, por forma a questionar as nossas intenções relativamente aos outros.

Será amor? Será que estamos a confundir amor com controlo? Será necessidade de afirmação? O que será? Nós sabemos, podemos é não querer aceitar e reconhecer que temos muito trabalho interior a fazer, porque uma boa parte dos humanos acha que já fez tudo e que já atingiu a iluminação. Mas isso não é verdade. É uma ilusão. Mais uma para ultrapassar e dissolver.

E por último, a busca da perfeição, que torna este mês um caso sério no que diz respeito a esta temática. Quantas vezes adiamos os nossos projetos em busca de uma perfeição que jamais alcançaremos? É bom recordar que a dita “perfeição” surge da prática, e, nessa medida, quanto mais praticarmos (e para isso teremos que arriscar a sair do casulo), mais perto estaremos de chegar a essa “perfeição”. E como o 8 – o Guardião do mês – nos incita e impulsiona a explorar novas possibilidades, talvez esteja na hora de arriscar e sair da escuridão.

E por falar em impulsos, o maior impulso ou fluência positiva deste mês recai novamente no número 8, que assim dobra as possibilidades e as oportunidades já descritas anteriormente.

Portanto, este mês devemos dedicar-nos a conquistar o nosso espaço e a ocupar o nosso lugar no mundo, com simplicidade, mas com garra.

É o momento de realizar e concretizar projetos e de dar forma às ideias que irão surgindo ao longo dos dias, ou em alguns casos, aos sonhos que temos vindo a adiar, por razões várias.

É um tempo de crescimento em diferentes direções, o que pode afetar diversas áreas da nossa vida, como os relacionamentos, a carreira, a saúde, etc.

O que este mês tem de diferente e único é que colheremos no imediato os frutos das nossas ações, por isso, deveremos ser cuidadosos no plantio e atentar ao bom estado e à qualidade das sementes que iremos lançar no nosso terreno fértil.

Luz e paz em todos os corações. Um feliz e abençoado mês de janeiro

Eva Veigas

Numerologia & Tarot