Ah, Lua Cheia de Leão dos Amores, com o eixo no sensual Touro e no sexual Scorpio.
E com os divinos Amantes Vénus e Marte, raramente unidos por tanto tempo num abraço! Melhor é quase impossível. Usar a energia fixa para agir com determinação, rumo à continua descoberta do Amor. Tanto imanente – como algo que nos acontece de dentro para fora – como transcendente - como o que absorvemos como reflexo da nossa própria vibração, plataforma, e integração conseguida, deste Amor-Mistério que é um nível de consciência e supraconsciência.
Quanto ao “resto” almejar um amor complementar, claro! Senhoras, deixem de dizer que não precisam de se completar! Claro que somos unas em nós mesmas, ao melhor da nossa capacidade. Mas por mais inteiras que sejamos, nunca teremos um pénis. Por mais unas que nos tornemos, nunca abarcaremos as vivências de 7 biliões de almas. Por mais inteiras que tentemos ser, sempre nos faltará algo do outro que nos completa/complementa/enriquece.
A minha mensagem neste “Dia do Amor”, é esta também: pararem de dizer que não precisam de alguém que vos complete: vão acabar sozinhas (sem necessidade e quando não o desejam) ou mal-acompanhadas.
Pararem de confundir completude com: sou uma guerreira, sou uma super-mulher = mulher/homem, não preciso de ninguém. Precisamos sempre uns dos outros; sem relação não há evolução.
Pararem de confundir relações disfuncionais, trauma-based, co-dependentes, com a completude natural que enriquece e dá sentido às relações.
Pararem de ecoar um pseudo feminismo ignorante e perigoso para a saúde mental e emocional, onde a mulher precisa “bastar-se a si mesma” para ser “feliz”. Vai é ser mula de carga dos outros, por esse caminhar… e no mínimo, viver em “relações chatas”, onde é a mãe do homem…
Uma coisa é ser autónoma, independente, outra é ser inter-dependente. O feminino é a orientação para a relação, o primado do sentir, a recetividade, a vida interna rica.
Colhemos dos nossos ancestrais, o dom de nos realizarmos afetivamente, sexualmente, espiritualmente, como muitos deles não puderam. Não vamos desperdiçar este mandato de cura transgeracional, não vamos dar de barato a Vida Sagrada!
Vamos alimentar o Amor...
Vera Faria Leal (Deva Vera Teresa)
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