Quando Marte entra em movimento retrógrado — algo que ocorre a cada dois anos — ficamos com a sensação de que o tempo para ou, pelo menos, que tudo desacelera.
O deus da guerra
Marte é o planeta da vontade, da energia vital, da conquista e da agressividade. Desde cedo, aprendemos que a agressividade é algo negativo, porém, só conseguimos alcançar os nossos objetivos e metas de vida com uma boa dose de agressividade bem direcionada, focada na criatividade e não na destruição.
É claro que precisamos de um princípio de luta dentro de nós, porque, no mundo em que vivemos, somos constantemente desafiados por conflitos internos e externos. Lutamos por quem somos, pelo que desejamos e estamos sempre a enfrentar algum tipo de desafio para conquistarmos o nosso "lugar ao Sol", começando pela luta que travamos ao nascer.
Para compreender o valor de Marte, é essencial perceber que, sem ele, somos impotentes.
A ação de Marte é irreversível e é por isso que muitas pessoas têm dificuldade em lidar com a sua energia. Quando dispararmos a flecha, ela não pode voltar ao arco. Quando agimos e reagimos, não há forma de reverter estas ações. Quando Marte manifesta-se negativamente, é difícil que as coisas regressam ao que eram, especialmente nos relacionamentos.
Marte rege Carneiro, um signo de fogo, tal como Leão, onde estará até 5 de janeiro. Num signo de fogo, Marte exprime todo o seu potencial de assertividade, agressividade e capacidade de conquista, mostrando toda a sua força e altivez.
Neste momento, está sob uma forte pressão de Plutão, regente de Escorpião, que se encontra nos primeiros graus de Aquário. Este é, sem dúvida, o aspeto mais intenso de todos, com um enorme potencial destrutivo quando inconsciente, mas altamente criativo e construtivo quando trazido à consciência.
Cuidado com o potencial agressivo e destrutivo
Este período exige que tenhamos atenção ao nosso potencial agressivo e destrutivo, pois vai tentar emergir das profundezas do nosso inconsciente. Ficaremos mais intolerantes e impacientes.
O melhor que podemos fazer por nós mesmos e pelos nossos relacionamentos, é enfrentar este potencial sem medo e, através da consciência, dominá-lo. Dominar não significa reprimir, mas sim conhecer e manter sob controlo. Só assim é que esta energia poderá transformar-se em criatividade e construção, independentemente do objetivo.
Tudo depende de nós, da nossa força de vontade para dominar o pior que há em nós e conscientemente transformá-lo em potencial construtivo.
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