Assim sendo, em fevereiro e março aconteceu o alinhamento de quatro poderosos planetas: Marte, Plutão, Júpiter e Saturno em Capricórnio o que pediu grandes transformações e provas de maturidade a todos nós. Capricórnio é o que vem testar. Tornar crescido. Fazer de todos nós anciões. É exigente? Muito!
Plutão pediu-nos que fôssemos ao fundo, largando toda e qualquer estrutura desajustada. Caduca. Comportamentos imaturos. Nenhum destes planetas brinca enquanto algo está incompleto, imperfeito ou vazio de significado. Longe da essência. Do que inicialmente era perfeito. Completo. Esta é por isso uma energia de restrição.
Todo este stelium (vários planetas no mesmo signo) acarreta por isso restrições e retracções. Numa energia lenta. Empurra e obriga a uma valorização do que é derradeiramente importante, sejam isso dinheiro, bens, família e gestão do tempo (afinal Capricórnio tem como regente Saturno, o senhor do tempo).
A ligação Plutão-Marte também indica que a dinâmica é forte, intensa e poderosa. Que a crise é massiva, global e que pode fazer explodir todas as velhas estruturas, formas de estar e de gerir. E tudo no planeta de “velhos”, e que trazem já muitas dores associadas, num tempo que tendencialmente é demorado.
Neptuno em peixes também nos remete à perda de sonhos ou ilusões muitas vezes baseadas em falsas intenções ou em inimigos pouco claros, que não conseguimos identificar, definir de tão invisíveis e cobertos de “névoa” que estão.
Por isso, tudo isto nos tem pedido a todos, para reorganizarmos a vida pela base. De forma nova. Voltando ao início.
Mas até quando? Muitas vezes me colocam esta questão. Ninguém consegue prever algo, que a meu ver, vem para mudar mentalidades, por isso a minha resposta seria que esta fase somente será ultrapassada quando todos estivermos mais conscientes desta transformação, e não andemos a fugir do vírus como se fosse apenas algo exterior a nós.
Essencialmente o ano de 2020 é um ano 4, de matéria, tal como Capricórnio (terra), com o propósito como tal de rever toda a estratégia económica e social do mundo. Poupar. Direccionar os nossos investimentos naquilo que é realmente útil. Eficaz. Duradouro.
Em 2021, ano 5, o mundo parece quer abrir-se mais mas ainda que com alguns trambolhões, instabilidade pois ainda andamos num carrossel, instável, com muitos altos e baixos. Com muitos extremos, numa roda viva entre ganhos e perdas, certezas e incertezas. Daí que seja mais um ano em que a nossa resiliência, flexibilidade e sobretudo capacidade de aceitação serão postas à prova e em que cada um poderá ter que fazer ainda mais mudanças na sua vida.
Perceber que o nosso mundo e a vida que vivemos poderão ser mais livres (mesmo que seja com as limitações exteriores do vírus), repensando todos os ideais e ideias que carregávamos. São por isso novos hábitos, formas de trabalhar, interesses até nova identidade ( não estivéssemos nós na entrada da era de Aquário!!!).
Alexandra Ramos Duarte
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