O portal, www.space.com, de notícias ligadas ao espaço e astronomia, ciência e tecnologia, publicou na segunda-feira a seleção das que considera as 100 melhores fotos de 2018, “visões verdadeiramente surpreendentes da Terra, dos planetas e do cosmos”, sejam do planeta Marte, da Via Láctea, de um eclipse da Lua ou de uma aurora boreal no Alasca, de uma “chuva de estrelas” no México, ou de um pôr do sol em Nova Iorque.
Entre as 100 fotografias eleitas o fotógrafo português assinou 10, oito delas tiradas no chamado Dark Sky Alqueva, junto da albufeira de Alqueva e classificado pela UNESCO como “Starlight Tourism Destination”.
O “Dark Sky” é o primeiro destino turístico do mundo para ver as estrelas a obter a certificação, integrando os municípios de Alandroal, Barrancos, Moura e Mourão, Portel e Reguengos de Monsaraz.
Entre as fotografias de Miguel Claro está uma da Via Láctea tirada no Vale da Morte, Califórnia, Estados Unidos, e outra das Nuvens de Magalhães (galáxias) tirada no deserto de Atacama, no Chile.
Um eclipse parcial da Lua, vendo-se Marte, a Via Láctea e mesmo Júpiter, inicia depois um conjunto de oito fotografias todas tiradas no “Dark Sky Alqueva”.
O rasto da queda de um meteorito brilhando por cima de uma pequena lagoa no Alandroal, e a galáxia de Andrómeda fotografada a partir do Observatório da Cumeada, sede do Dark Sky Alqueva e equipado com modernos telescópios, são duas outras fotografias distinguidas.
Mas fazem também parte da lista outras fotos tiradas do Observatório, uma da Via Láctea tirada na freguesia de Campinho, Reguengos de Monsaraz, com a albufeira de Alqueva em fundo, ou outra de uma Lua num amanhecer de fevereiro em tons de azul e cor de rosa, sobre Reguengos de Monsaraz.
Miguel Claro vive em Lisboa e promove a astronomia através de palestras públicas ou em sessões guiadas de observação do céu noturno, mas também em artigos e exposições. Nos últimos 10 anos especializou-se em astrofotografia de paisagem. É o astrofotógrafo oficial da reserva Dark Sky Alqueva.
É também “foto embaixador” do European Southern Observatory e colabora regularmente com a revista National Geographic Portugal, e outras revistas ligadas à astronomia. É autor de dois livros sobre o tema da astrofotografia.
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