A ideia de produzir pratos a partir de farelo de trigo é polaca e foi trazida para Portugal por Pedro Cadete e Luís Simões, que começaram a comercializá-los há dois meses, mesmo antes de constituírem a empresa.

Os pratos, garantem, podem ser depositados num compostor em conjunto com os restos de comida, ao contrário, por exemplo, dos de papel, que “não podem ser reciclados depois de sujos”, disse à agência Lusa Pedro Cadete.

Por serem biodegradáveis, ou compostáveis como preferem afirmar, também não têm custos associados à lavagem ou à produção de resíduos.

Com o intuito de reduzir ainda mais a pegada ecológica e os custos de transporte, a ‘start up’ quer captar três milhões de euros de investimento para começar a produzir os pratos em Portugal e introduzir-lhes inovação tecnológica.

“Em Portugal também temos farelo de trigo, que é utilizado como ração ou adubo, sem qualquer outro aproveitamento, mas existem outros recursos, como a casca de arroz, em que existe produção excessiva, que são desperdiçados e podemos dar-lhes outro aproveitamento”, referiu Pedro Cadete.

Os dois colegas de curso de marketing decidiram abandonar uma carreira de 16 anos a vender ideias inovadoras para começarem a produzir e comercializar as suas.

Luís Simões estava desempregado há três meses e Pedro Cadete precisou de mudar de vida por causa da família.

A ‘start up’ quer “adaptar a Portugal tecnologias desenvolvidas no estrangeiro” e está a investir 50 mil euros no desenvolvimento de palhetas de mexer o café, produzidas com base em fibras vegetais, que deverão fazer chegar ao mercado no próximo outono.

Na sua página oficial, as Nações Unidas (ONU) lembram que 80% da poluição dos oceanos é proveniente das pessoas e que oito milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos em cada ano, prejudicando a vida selvagem, a pesca e o turismo.

Os números da ONU estimam também que a poluição por plásticos custa a vida a um milhão de aves marinhas e a 100 mil mamíferos, também em cada ano.

E é também em cada ano que o plástico causa oito mil milhões de dólares (6,8 mil milhões de euros) de danos nos ecossistemas marinhos.