Finalmente tirou a carta e vai adquirir o seu primeiro carro? Parabéns! Este é um grande momento na vida de um jovem, pois permite cada vez mais independência. Nesse sentido, é importante fazer a escolha acertada na altura de comprar o primeiro automóvel, pois pode ser complicado e podemos sentir algum receio em partir nesta aventura burocrática e dispendiosa sozinhos. São várias as dúvidas que surgem neste processo. Novo ou usado? Combustível ou elétrico? Manual ou automático? Qual a burocracia a ser tratada? O preço que me estão a pedir é justo?
Neste artigo, a Importrust, empresa de consultoria de importação automóvel, vai responder a todas estas e outras questões e ajudar na tomada de decisão.
1. Definir um orçamento
É crucial que se defina um orçamento com o qual se sinta confortável. Lembre-se que, apesar de um veículo significar mais autonomia e liberdade, não deve gastar todas as suas poupanças nele. Reflita bem sobre esta decisão. Pense se é algo que lhe vai acrescentar algo e vai fazer, de facto, diferença na sua vida, pois é um grande investimento. Note que ter uma viatura acarreta várias despesas que dependem de vários fatores desde a sua idade ao tipo de combustível. Faça uma lista das características que pretende encontrar no seu primeiro carro e evite ultrapassar o orçamento estipulado. Não tenha pressa e, sempre que possível, peça ajuda a um especialista ou a alguém que conheça que tenha experiência no assunto.
2. Gasolina, gasóleo, elétrico ou híbrido?
Ao comprar um automóvel, a escolha entre gasolina, gasóleo, elétrico ou híbrido depende da utilização pretendida. Atualmente, os fabricantes têm vindo a abandonar motores a gasóleo devido às altas emissões poluentes, mas também ainda não é consensual que carros elétricos sejam mais amigos do ambiente. Mas, Segundo a Organização dos Consumidores e Utilizadores (OCU), os carros a gasóleo são menos económicos que a gasolina, híbridos ou elétricos. Pretende um carro mais económico e para viagens longas, ou um carro para viagens em cidade mais curtas?
Os veículos a gasóleo são mais adequados a viagens longas e circuitos em estradas e autoestradas. Para trajetos urbanos, uma viatura a gasolina é o mais apropriado. Os híbridos e elétricos são ecologicamente melhores, mas também têm um preço de compra mais elevado. Porém, o seu preço elevado e autonomia reduzida podem ser definitivos na aquisição. Não há uma resposta certa.
3. Novo ou em segunda mão: eis a questão
É com o primeiro carro que aprendemos realmente a conduzir, pelo que é nele que cometemos mais erros e danos, pequenas batidas e riscos. Nesse sentido, deve pensar bem antes de comprar um automóvel novinho em folha, pois é um grande investimento. É verdade que, por ser novo, não vai ter problemas mecânicos. Contudo, adquirir um veículo usado economiza bastante dinheiro e evita a sua rápida desvalorização no mercado, quando o quiser vender mais tarde, contrariamente ao que acontece com as viaturas novas.
4. Dicas para verificar um carro em segunda mão
Ao adquirir um carro em segunda mão, deve seguir alguns passos fundamentais para verificar o seu estado. Exteriormente, procure vestígios de ferrugem, amolgadelas, se as portas (incluindo da bagageira e do capô) abrem e fecham bem, se as luzes funcionam, qual a condição da pintura e dos pneus. Interiormente, confirme se os estofos, os espelhos, os botões, as fechaduras e a chave de ignição estão danificados e se os bancos e os cintos de segurança funcionam. Peça ao vendedor para ligar o motor para que possa averiguar alguma avaria existente.
Confira o nível do óleo, a validade da bateria e o depósito de refrigeração. Para testar o funcionamento do veículo, deve conduzi-lo e aferir a condição dos travões, da direção e se surgem ruídos estranhos na transmissão. Finalmente, não se esqueça de se dirigir a uma conservatória do registo automóvel para averiguar se existem penhoras, hipotecas ou outros encargos sobre a viatura de que não tenha conhecimento. Para um novato, verificar todos estes elementos pode ser um pouco avassalador. Não tenha vergonha e faça todas as perguntas que lhe ocorram ao vendedor e peça para ver toda a documentação que este afirma ter. Esta também é uma forma de afugentar potenciais burlas, pois demonstra que sabe do que fala (mesmo que não saiba!). Se possível, leve um familiar ou amigo que já conduza há mais tempo quando se for encontrar com o vendedor, para que o auxilie nestes pormenores.
5. Tipo de transmissão e de veículo
Na escolha do seu primeiro carro, tenha em atenção a sua manutenção e o tipo de transmissão. Deixe o Ferrari para o futuro e procure automóveis com uma mecânica simples, para que esta lhe custe o menos possível financeira e temporalmente. Quando falamos de transmissão, referimo-nos às mudanças serem manuais ou automáticas. Neste segundo tipo de transmissão, a condução torna-se mais fácil e tranquila, pois não necessita de se preocupar com as mudanças e com a embraiagem. Contudo, uma vez que nesta fase ainda está a aprender e este vai ser o seu primeiro veículo, talvez seja uma boa ideia começar por um manual. Além de, atualmente, ainda existir uma oferta bem maior de viaturas manuais, principalmente em segunda mão, controlar as mudanças manualmente é uma capacidade que todos os condutores devem ter, pois pode ser sempre necessário até para quem conduz automáticos há muito tempo. Adicionalmente, a manutenção e avarias de transmissões automáticas é mais elevada.
6. Pense nas despesas
Para além do preço do carro, existem outros custos adicionais que vai ter de suportar periodicamente.
Inicialmente, terá de registar o veículo no seu nome e obter o Documento Único Automóvel (DUA) numa conservatória. Seguidamente, deve assegurar-se e contratar, pelo menos, o seguro de responsabilidade, que é obrigatório. Dependendo da seguradora e das coberturas de danos escolhidas, da sua idade e do tipo de viatura, os valores variam bastante. Não arrisque logo no primeiro plano que uma seguradora lhe apresenta. Peça uma simulação a cada seguradora que tenha em consideração e avalia qual delas lhe compensa mais.
Caso tenha recorrido a um crédito para comprar o automóvel, vai ter de custear esta despesa mensalmente, o que pode aumentar o valor inicial do carro, devido aos juros associados.
Anualmente, vai ter o Imposto Único de Circulação (IUC), cujo valor depende da cilindrada e emissões de CO2 do veículo, e a inspeção, ambos obrigatórios e a revisão.
Frequentemente, vai ter de atestar o depósito com combustível ou carregar a bateria do automóvel e esporadicamente, pode vir a ter alguns custos com peças novas, como pneus, lâmpadas, escovas limpa para-brisas, e com avarias ou danos que ocorram ao longo do tempo.
Comprar o seu primeiro automóvel pode ser assustador quando não sabe como começar e qual o veículo adequado para si. Com tantas opções disponíveis no mercado, sejam novos, usados, com transmissão automática ou manual, alimentados a combustível ou eletricidade, pode ser difícil tomar uma decisão sozinho. O nosso carro leva-nos a alguns dos momentos mais importantes da nossa vida. Nesse sentido, deve sempre procurar ajuda de um especialista que o ajude a encontrar a viatura ideal, para que possa desfrutar de cada viagem.
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