O "Relatório [anual] de diversidade de Hollywood", o sexto publicado pela prestigiada universidade UCLA, em Los Angeles, examinou 200 filmes em 2017 e 1.360 programas transmitidos pela televisão ou plataformas digitais na temporada 2016-2017.
O estudo, publicado a três dias da entrega dos Óscares, abarcou também a contratação de mulheres e minorias tanto na frente quanto atrás das câmeras em 12 trabalhos importantes, como protagonistas, diretores e roteiristas.
"Por detrás das câmeras e diante delas, os avanços para as minorias e mulheres aumentaram modestamente", afirmaram os autores do estudo em comunicado.
O relatório destacou sucessos de bilheteria, como "Crazy Rich Asians" e "Black Panther", com elencos compostos quase totalmente por atores asiáticos (no caso do primeiro) e negros (no segundo).
"A cada ano, os dados mostram que os conteúdos de cinema e televisão com elencos diversos ganham mais dinheiro e têm maior audiência", indicou Darnell Hunt, um dos investigadores que comandou este estudo.
As minorias representam 40% da população em geral, enquanto as mulheres são 50%.
Mesmo assim, a percentagem de atores de minorias como protagonistas em filmes aumentou para 19,8%, em 2017, e o de mulheres para 32,9%.
"Vimos um avanço modesto em filmes, mas o sistema de poder já instaurado - dominado por executivos homens e brancos - é difícil de mudar", disse Ana-Christina Ramon, outra autora do relatório.
"O tipo de mudança estrutural necessário para uma nova ordem de negócios na indústria cinematográfica ainda não aconteceu e o seu impulso exigirá vigilância e consciência sustentáveis", acrescentou.
O estudo destacou que a TV tem sido protagonista em receber mulheres e minorias, em parte devido ao fenómeno do crescimento das plataformas de streaming como a Netflix, a Hulu e a Amazon.
"Algo está a acontecer na televisão com relação à diversidade, que só pode apontar o caminho para um novo começo para a indústria", comemorou o relatório.
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