Instituído em 1980 pela Fundação Casa de Mateus, em Vila Real, o galardão é atribuído a uma obra literária - de poesia, ensaio ou ficção - publicada no ano anterior ao da atribuição do prémio.
O júri desta edição foi composto pelos escritores Vasco Graça Moura, Nuno Júdice e Fernando Pinto do Amaral.
"As Luzes de Leonor", obra lançada em 2011 pela D. Quixote, é um romance sobre a vida da marquesa de Alorna, Leonor de Almeida Portugal de Lorena e Lencastre (1750-1839), neta dos marqueses de Távora, uma mulher que se destacou na história literária e política de Portugal num período denominado por "século das luzes".
Maria Teresa Horta seguiu a biografia de Leonor de Lorena, sua avó em quinto grau, autora de uma vasta obra poética, parte dela ainda publicada em vida.
Nascida em 1937, em Lisboa, Maria Teresa Horta estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi jornalista e ativista do Movimento Feminista de Portugal juntamente com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, com quem escreveu o livro "Novas Cartas Portuguesas".
"Amor Habitado" (1963), "Ana" (1974) e "O Destino" (1997) contam-se entre mais de duas dezenas de obras publicadas.
Em 2010, o Prémio D. Dinis tinha sido atribuído a João Barrento pelo livro "O Género Intranquilo. Anatomia do Ensaio e do Fragmento".
Desde a criação do galardão, foram distinguidos, entre outros, os escritores Agustina Bessa Luís, Manuel Alegre, Sophia de Mello Breyner Andresen e os historiadores Nuno Gonçalo Monteiro e Rui Ramos.
A Fundação Casa de Mateus foi instituída em 1970 com o objetivo de conservar e divulgar o seu património e arquivo e desenvolver atividades culturais, científicas e pedagógicas nas quais se inserem a atribuição do Prémio D. Dinis.
4 de janeiro de 2011
Comentários