Os números referem-se a entradas pagas no palácio do século XVII, e não incluem os visitantes dos jardins em redor, onde se encontram três das 15 peças da artista de 40 anos, que é a primeira mulher, e a mais jovem criadora, a expor em Versalhes.
A exposição, comissariada por Jean-François Chougnet, vai estar patente até 30 de setembro no palácio parisiense, construído por iniciativa do rei Luís XIV para residência da família real francesa.
Anteriormente, o palácio acolheu obras de artistas contemporâneos como o norte-americano Jeff Koons, em 2008, e o francês Xavier Veilhan, em 2009.
A mesma fonte do atelier disse à Lusa que se desconhecem ainda os números dos visitantes dos jardins, cuja entrada é livre, exceto aos sábados, domingos e terças-feiras.
Nesta área, junto à entrada do edifício setecentista, foram colocadas obras da artista também de grandes dimensões, como o garrafão e o bule de chá em ferro, e uma outra composta por garrafas de champanhe iluminadas.
No interior do palácio, as obras de Joana Vasconcelos estendem-se por um percurso em várias salas, onde se encontram, entre outras, os sapatos femininos gigantes "Marilyn" (2011), criados com os tradicionais tachos portugueses, e os "Coração Independente Vermelho"(2005) e "Coração Independente Negro"(2006), feitos com colheres de plástico.
Uma das particularidades do trabalho de Joana Vasconcelos é a descontextualização de objetos do quotidiano, com os quais cria obras que abordam a identidade coletiva, a situação das mulheres, as diferenças de classe e os nacionalismos.
Nascida em Paris, em 1971, Joana Vasconcelos vive e trabalha em Lisboa.
Em 2010 mostrou, no Museu Coleção Berardo, em Lisboa, a sua primeira exposição antológica, intitulada "Sem Rede", com 37 obras. Essa mostra, a maior de sempre da artista, foi visitada por 167 mil pessoas em dois meses e meio.
Em junho deste ano, a Secretaria de Estado da Cultura anunciou que Joana Vasconcelos vai representar oficialmente Portugal na próxima Bienal de Arte de Veneza, em 2013, num projeto comissariado por Miguel Amado.
Lusa
23 de agosto de 2012
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