Gisela Santos é licenciada em Psicologia e tem mais de 10 anos de experiência na área de Gestão de Recursos Humanos. Ao longo de um percurso profissional diversificado e versátil, deu formação, fez coaching empresarial, trabalhou na área comercial e em gestão de eventos. Neste momento, dedica-se à assistência virtual e faz do trabalho remoto um modo de vida.
Quem é a Gisela Santos, empreendedora?
É uma mulher determinada e lutadora que trabalha todos os dias para se tornar uma profissional cada vez melhor e para ter um negócio bem-sucedido.
Uma das vantagens de ser empreendedora é poder fazer aquilo que realmente sei fazer e que gosto. No entanto, é necessário trabalhar em todas as frentes, pois precisamos de perceber um pouco de todas as áreas inerentes ao mundo dos negócios. Todos os dias aparecem novos desafios e novas oportunidades que me permitem uma aprendizagem constantemente.
O que mudou na tua vida quando começaste a trabalhar à distância?
Mudou principalmente a flexibilidade horária e geográfica. O facto de poder trabalhar em qualquer lugar e a qualquer hora ajuda-me a gerir melhor o meu tempo, e a poder dedicar-me ao que mais gosto para além do trabalho.
Hoje em dia tenho mais tempo para a minha família. Trabalho mais horas do que trabalhava, simplesmente tenho uma maior flexibilidade e capacidade de adaptação.
Sempre que se fala em assistência virtual, o grupo Mulheres à Obra fica ao rubro. Porque estão tantas mulheres interessadas nesta atividade?
O facto de poderem gerir o seu tempo permite-lhes definir as suas prioridades, sejam elas o seu trabalho, a sua família ou os seus hobbies.
Para muitas pessoas o trabalho ideal é aquele que lhes permite decidir onde, como, quando e com quem querem trabalhar. Para além disso, a grande maioria das pessoas ambiciona não ter que reportar a alguém e não ter um chefe a controlar o seu trabalho.
Como se posicionam as empresas portuguesas relativamente ao trabalho virtual? O que as motiva/inibe na contratação dos serviços de uma assistente virtual?
O que as motiva são os custos. Contratar um assistente virtual implica poupar nos custos com funcionários fixos (salários, subsídios, impostos e materiais de escritório). Outro dos motivos fortes é a elevada produtividade, pois quem contrata este tipo de serviços paga apenas pelas horas efetivamente trabalhadas.
O que os inibe é a falta de confiança. O facto de não conseguirem ver e controlar o que a outra pessoa está a fazer.
Quebra da produtividade associada ao trabalho virtual: um mito urbano ou uma realidade incontornável?
É um mito, até porque uma das principais vantagens do trabalho virtual é a elevada produtividade. Quem contrata estes serviços tem noção do tempo que cada tarefa pode demorar, logo consegue perceber que durante o tempo contratado a pessoa está realmente a trabalhar.
5 dicas para quem quer iniciar uma carreira como assistente virtual:
- Experiência: primeiro deve perceber em que áreas tem mais experiência e o que sabe fazer melhor para poder definir quais os serviços que pode apresentar aos potenciais clientes;
- Plano de negócios: fazer um plano de negócios vai permitir-lhe conhecer a concorrência, definir o preço dos seus serviços, definir quem é o seu cliente, determinar as necessidades financeiras e definir objetivos a curto, médio e longo prazo;
- Networking: ao investir nas suas relações, sejam elas profissionais ou pessoais, vai estar a desenvolver e melhorar as suas habilidades, a manter-se a par das tendências do mercado e a conhecer potenciais parceiros e clientes;
- Gestão de tempo: trabalhar por conta própria implica um grande planeamento diário e uma excelente gestão de tempo. É extremamente importante definir prioridades, planear tarefas e estabelecer prazos;
- Perseverança: é importante não desistir às primeiras contrariedades. Acreditem em vocês e lutem, mesmo quando as coisas não correm tão bem. Quando se quer e se trabalha por isso, tudo é possível.
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