O centenário veleiro De Gallant, movido sem recurso a combustíveis fósseis, atracou na maior infraestrutura portuária do norte do país para carregar a embarcação com vinhos premium de várias regiões demarcadas, azeite e outras iguarias nacionais, tendo a operação decorrido apenas com recurso a meios humanos.

O veleiro escola De Gallant, datado de 1916, e com 37 metros de comprimento, chegou a Leixões na sexta-feira, 12 de junho, proveniente de França, e partiu para a cidade de Bristol, em Inglaterra, na qual vai descarregar os produtos portugueses carregados em porto nacional. A nave, movida pela força do vento faz parte de uma iniciativa de zero carbono, e possui um motor que pode ser usado caso seja necessário. Este navio tem capacidade de transporte de algumas mercadorias até um máximo de seis toneladas.

Para além do propósito comercial, esta embarcação holandesa participa, com regularidade, nas “Tall Ships’ Races”, o maior evento náutico da Europa, com o objetivo de manter vivas as tradições dos grandes navios de vela.

Veleiro de 1916 embarcou vinhos e azeites portugueses e ruma agora a Inglaterra
O veleiro aportado em Leixões na sua escala marítima em Portugal.

“É fascinante vermos um veleiro, embarcação que habitualmente transporta passageiros, a fazer a movimentação de carga. Em Leixões estávamos todos expectantes com este carregamento que, como não poderia deixar de ser, correu muitíssimo bem”, salienta em comunicado a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).

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Momento do embarque da mercadoria portuguesa.

No ano do seu lançamento o De Gallant vingou nos mares sob o nome de Jannete Margaretha, tendo servido para o transporte de arenque no Mar do Norte até 1936. Já em 1987, o veleiro regressou à Holanda, onde foi totalmente restaurado para se tornar um navio escola para jovens de Amsterdão.

Atualmente, navega no Mar do Norte, no Báltico e no Canal da Mancha.