Num ano marcado, diz, pela intensificação dos fenómenos climáticos extremos e pela guerra na Ucrânia, que agravou os constrangimentos climáticos, a Quercus espera ver em 2023 planos municipais de ação climática que contemplem todos os setores e que sejam mais participativos, e fala do “grande desafio” que será a separação dos biorresíduos no próximo ano.
E espera “resultados robustos” também em 2023 na área de um turismo mais sustentável.
Do ano que agora finda, além da seca extrema em quase todo o continente a maior parte do ano e do incêndio na Serra da Estrela, a Quercus destaca como piores factos ambientais os atrasos na revisão dos critérios das faixas de gestão de combustível, no âmbito do combate aos fogos.
Mau foi também a continuação do “avanço desenfreado das centrais fotovoltaicas”, que em nome da emergência climática tem levado a uma “acelerada degradação dos valores naturais do país”, e a transferência de competências do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), que “enfraquece a conservação da natureza, florestas e agricultura.
Na lista do pior de 2022 da Quercus está ainda a alteração da lei, “para pior”, do licenciamento ambiental, conhecida como o “simplex” ambiental.
Num ano em que se realizaram quatro conferências internacionais sobre ambiente, a dos Oceanos (em Lisboa), a do clima (COP27), a das espécies ameaçadas (CITES, COP19) e a da biodiversidade (COP15), a Quercus destaca a última, da qual saiu um acordo para proteger 30% do planeta até 2030.
A suspensão da caça à rola brava e os incentivos à circulação em bicicleta em Portugal foram outras medidas positivas em 2022 destacadas pela Quercus.
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