Albufeira, Aveiro, Braga, Caldas da Rainha, Coimbra, Faro, Funchal, Guimarães, Lisboa, Mafra, Porto, Santarém, Sines e Viseu são as localidades portuguesas para as quais estão marcadas manifestações que reclamam “planos concretos” contra a crise climática, que o movimento equipara a “outras crises socioeconómicas como o racismo, o sexismo, a discriminação de deficientes e desigualdade de classe” e que relaciona com os problemas ambientais.
Em Lisboa, a concentração está marcada para as 10:00 no jardim Amália Rodrigues, no cimo do Parque Eduardo VII, e desfilará até ao Arco do Cego, enquanto no Porto os manifestantes se reúnem às 15:00 numa marcha entre a Praça da República e os Aliados.
A ativista sueca Greta Thunberg, que impulsionou o movimento em 2018 ao faltar durante várias semanas às aulas para protestar contra a falta de ação climática em frente ao parlamento sueco, participará na manifestação marcada para esta manhã na capital alemã, Berlim.
No manifesto internacional criado para sustentar a greve, o movimento culpa “a elite do Norte Global” pela “destruição das terras dos ‘Povos e Áreas Mais Afetados’ através do colonialismo, imperialismo, injustiças sistémicas e ganância cruel que acabou por causar o aquecimento do planeta”.
É esse “Norte Global” que é “responsável por cerca de 92% das emissões em excesso”, refere o “Fridays for Future”, que considera que a maior parte dos roteiros para a neutralidade carbónica pecam por implicar “efeitos secundários arriscados para as populações locais”, como a perda de território para as florestas que se pretende plantar.
Entre as medidas reclamadas pelo Fridays for Future estão “reparações climáticas antirracistas”, o cancelamento de dívidas decorrentes de fenómenos climáticos extremos e “fundos de adaptação” que sirvam as comunidades.
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