O que caracteriza a seca é a baixa humidade do ar, que fica mais rarefeito (com menor quantidade de oxigénio) e com menor quantidade de água. As consequências são dias muito secos e quentes e noites frias.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aumento de temperatura leva à carência de água, comprometendo em período de seca as colheitas de produtos agrícolas (vegetais, frutas, cereais, tubérculos, etc.), a redução de stocks de bens alimentares e o abastecimento dos mesmos, desencadeando o aparecimento de situações de malnutrição, com o consequente aumento de doenças infecciosas, em particular nas crianças.
Em caso de seca, ocorre instabilidade social, insegurança alimentar, fome e a longo prazo surgem problemas de saúde. Quando o período de seca se arrasta por muito tempo, surgem carências em combustíveis, alimentos e água, conflitos, imigração, aumento da pobreza, aumento do risco de incêndio, diminuição da capacidade de aquisição de combustíveis e da acessibilidade aos cuidados de saúde.
A falta de água leva à seca, que se agrava com a elevação da temperatura atmosférica, aumentando a evaporação da água de superfície e derretendo os glaciares. O degelo de glaciares pode transferir poluentes químicos para a cadeia alimentar marinha, contaminando a fauna e flora dos oceanos.
De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), os idosos e as crianças são os mais afetados pelas ondas de calor. O envelhecimento diminui a tolerância ao calor, a sede é sentida mais tarde, a sudação é atrasada e o número de glândulas sudoríparas é reduzido. A sua fraca perceção da sede origina situações de desidratação. Por outro lado, o risco de co-morbilidades e disfunções físicas e cognitivas aumentam, obrigando ao reforço das medicações.
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