A adolescente chegou sem dizer uma palavra, logo no início do protesto, com o seu famoso cartaz na mão (Greve Escolar pelo Clima), em letras negras e fundo branco.

De casaco roxo, cachecol de arco-íris e gorro branco, sob o vento e a chuva de Bruxelas, atraiu imediatamente uma nuvem de fotógrafos e uma multidão de curiosos.

“Estamos mais quentes, mais quentes, mais quentes do que o clima!”, entoaram os manifestantes, muitos jovens belgas, mas também elementos de associações como a Greenpeace ou a WWF, bem como reformados.

Reunidos em pleno centro da capital da União Europeia, os participantes empunharam as bandeiras dos estados-membros, além de mensagens, sobretudo em inglês: “Agora é a última esperança”, “Estamos a urinar no duche” ou “Sem natureza não há futuro”.

A manifestação foi organizada dois dias depois da apresentação pela Comissão Europeia de um projeto de “lei climática”, destinado a estabelecer o objetivo de neutralidade carbónica em 2050, que foi criticado por Greta Thunberg, considerando-o uma capitulação da UE face à crise do clima.

Esta proposta constitui um dos pilares do “Pacto Verde” da UE, fazendo do clima a prioridade da Comissão, mas que é considerado insuficiente pelos organizadores da manifestação.