A venda de bens de que já não se necessita e antiguidades é uma tendência atual. Muitas pessoas recorrem hoje a portais online para escoar a “tralha” que acumulam em casa. Mas a internet é só um dos canais disponíveis para estas transações, à qual se juntam as vendas de garagem ou em mercados e feiras.
Uma vez que se trata de venda direta, a tendência de quem compra é sempre de tentar baixar o preço. Para poder ter uma margem de negociação mais favorável, estabeleça valores um pouco superiores. Se, por exemplo, quiser vender um artigo por 10 euros, fixe 12 euros como preço inicial. Se vai comprar, veja outros conselhos da DECO PROTESTE para negociar com segurança.
Na internet e em casa
Em sites como OLX, Custo Justo e Coisas é possível fazer bons negócios com artigos usados. Esteja ciente de que os bens com as melhores condições e valor têm sempre preferência. Oriente-se pelos preços e qualidade das fotografias dos artigos concorrentes para melhor competir com eles. É aconselhável fazer a troca num espaço público e pessoalmente, para obter o pagamento imediato e permitir que quem compra verifique o estado da peça.
Organizar uma "venda de garagem" é outra saída possível. Embora tenha a vantagem de não sair de casa, pode revelar-se mais trabalhosa. Para garantir o sucesso, avise os amigos e conhecidos da sua iniciativa. Disponha os objetos que pretende vender segundo a melhor lógica (tipo, cor ou modelo, por exemplo). Não se esqueça de os etiquetar bem e com preços simpáticos, já que os valores baixos são um dos principais motivos de interesse nestas vendas.
Na rua
Para vender na rua é necessário ter uma licença. Esta é emitida pela Câmara Municipal e obtida numa loja de atendimento municipal. Regra geral, se houver lugar disponível, é atribuída de imediato. Porém, nem sempre é fácil conseguir uma vaga… Em locais como a Feira da Ladra de Lisboa, estas licenças podem ser mensais (duram até três meses); para estudante (mais baratas) ou extraordinárias (para vendas exclusivas de artigos usados).
Uma vez na posse de uma licença, é necessário cumprir regras. Os vendedores têm 2 horas para descarregar e expor os seus artigos antes da abertura da feira e 1 hora para carregar o material após o encerramento. É obrigatório possuir licença de venda e respeitar a área de exposição aí prevista, bem como mostrar às autoridades o cartão de feirante, caso o solicitem. O incumprimento destas regras é punível com coimas que podem chegar aos 1000 euros.
Enquanto comprador, optar por estes canais costuma ter como principal vantagem o preço. Para além de mais baixo do que o valor de venda nas lojas, pode ser negociável com o vendedor. Porém, os preços demasiado baixos podem ser indício de que os artigos foram roubados. Se estiver desconfiado, proteja-se: comprar um bem roubado é uma prática punível com até 6 meses de prisão ou multa até 120 dias. É ainda aconselhável verificar o estado dos artigos, visto que, por norma, não possuem garantia e não será possível trocá-los mais tarde.
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