Há Festas Assim nasceu há seis anos. Quem fundou esta empresa?
Foram os meus dois filhos. Começou por ser uma empresa de organização de eventos e simultaneamente de contratação de patrocínios para determinados eventos. Por exemplo, a Há Festas Assim tem a concessão da exploração dos patrocínios do Festival Nacional de Gastronomia. Na área de eventos, dirige-se tanto a empresas, como ao âmbito social, nomeadamente organizando casamentos, festas de aniversário e batizados.
Entretanto alargou a área de atuação?
No último ano, ponderámos a criação de mais áreas de atividade dentro da Há Festas Assim, tendo em conta que eu própria poderia auxiliar a empresa com a minha mais-valia de 30 anos de carreira no mundo da comunicação.
E alargou as instalações?
Sim. Restaurámos um antigo armazém onde criámos condições, para desenvolver projetos exclusivamente ligados ao universo feminino: workshops de design floral, de make-up, assessoria de imagem, jantares temáticos etc. Um desses jantares temáticos, que aliás obteve o maior sucesso, foi dedicado ao tema: “Transforme-se!”. No grupo participante de mulheres, foram escolhidas, aleatoriamente, duas mulheres, as quais foram submetidas a uma transformação.
Com maquilhadora e tudo?
Uma maquilhadora profissional, uma cabeleireira e uma consultora de imagem, para além de marcas de roupa que se associam a nós. A recetividade tem sido enorme e o ambiente que se cria é muito agradável e feminino.
Que outros assuntos são abordados nesses jantares temáticos?
Fizemos sobre astrologia taoista, sobre numerologia e outros temas esotéricos, matérias que as mulheres adoram. Escolho uma especialista de cada área e posso garantir que têm sido encontros memoráveis. Aliás, algumas especialistas vêm aqui posteriormente dar consultas às participantes desses jantares.
É um espaço dinâmico, com muitos temas e muitos interesses?
O mais diversificado possível. Para além dos eventos, também podem ocorrer reuniões privadas, como consultas individuais, de caráter esotérico ou de imagem.
E os workshops de design floral?
São orientados por mim ou por um outro colaborador, sendo que as maquetas dos trabalhos a desenvolver no design floral, são sempre criações minhas. A criação conceptual dos eventos é também da minha responsabilidade. Para além disso, no caso, por exemplo, de um casamento, temos capacidade para prestar todo o serviço necessário: desde a consultoria do vestido de noiva até ao evento propriamente dito, passando pelos convites, decoração, animação e protocolo das mesas. Oferecemos assim um serviço completo.
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Os seus filhos são parceiros ativos na empresa?
A administração/gestão é da minha responsabilidade. Em situações mais especializadas, nomeadamente na necessidade da cobertura de um evento, já se encontra na área de competências de um dos meus filhos, que opera no segmento dos audio-visuais.
Cabe-lhe a si a montagem e organização das três áreas principais da empresa?
Sim. A própria escolha das equipas e as pessoas para trabalhar connosco é da minha responsabilidade. Hoje em dia só trabalhamos em regime de outsourcing, por isso a seleção de pessoas tem de ser muito rigorosa
As pessoas que vêm aos eventos são sempre as mesmas?
Há um grupo fidelizado mas, curiosamente, as pessoas que vêm cá e gostam vão trazendo amigas, conforme os temas.
Qual foi o tema de maior impacto?
O do “Transforme-se”. Teve uma aderência fantástica. Para além de ser um tema muito sensível, porque a maioria das mulheres quer perceber como se deve maquilhar para um momento especial quer seja sofisticado ou mais casual, e, curiosamente, essas situações são muito transversais. As pessoas fazem quase sempre as mesmas perguntas, o que quer dizer que as dúvidas são comuns a todas as mulheres.
Para além da maquilhagem as mulheres também têm dúvidas em relação à roupa?
Imensas. É por isso que a consultora de imagem com os seus materiais testa as cores mais adequadas a cada tom de pele. O entusiasmo é tão grande que o normal é um evento começar às 20h e terminar à meia-noite, mas nunca saímos daqui antes da uma e meia da manhã.
Qual é a capacidade destes encontros?
Já tivemos mais de 20 pessoas em jantares volantes, mas o “Transforme-se” normalmente não ultrapassa as 16 pessoas. O próximo projeto será provavelmente na área do coaching. De facto, as pessoas gostam do ambiente que se criou neste espaço.
As suas reuniões funcionam como tertúlias de mulheres?
Elas gostam muito e até nos pedem que organizemos mais encontros destes. É por isso que o próprio coaching pode ser adaptado neste contexto.
A crise está a fazer mossa?
Um pouco. A retração que a crise originou está a levar as pessoas a fazer contenções e é por isso que estamos a pensar dirigir os nossos serviços de design floral, já no início do próximo ano, às empresas que dão formação/team building, para que venham a incluir esta actividade nas suas acções de formação.
Tudo para dinamizar a empresa?
Hoje em dia, e mais do que nunca, diversificar é fundamental.
As pessoas também sugerem temas?
Já me pediram para organizar um workshop de jardinagem. Lancei o desafio a um engenheiro agrónomo especialista nesta matéria, para vir cá fazer uma workshop sobre o tema. E foi muito interessante, porque ensinou os participantes a construir um jardim dentro da própria casa.
O melhor é fazer o que se gosta?
Sobretudo isso.
Texto: Palmira Correia
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