Na hora de contratar um novo funcionário, o currículo e a experiência contam, mas não são tudo. Podem até ser desvalorizados ou minimizados em função de outros parâmetros de avaliação, como a sua aparência.


O aspeto físico também é um elemento muito avaliado numa entrevista de emprego, acaba de confirmar um novo estudo nacional.

De acordo com o Estudo Viviscal 2012, uma investigação levada a cabo pela empresa de estudos de mercado Multidados - Consultoria e Tratamento Estatístico de Dados, destinada a avaliar em que medida a imagem e saúde do cabelo influenciam a entrada no mercado de trabalho e a consequente progressão na carreira, 95% dos 202 responsáveis de recursos humanos inquiridos revela que um cabelo cuidado cria maiores probabilidades de sucesso na profissão.

Cerca de 85% dos inquiridos no estudo relevam existir preconceito quanto à queda de cabelo no âmbito profissional. «Este dado ganha especial relevância quando verificamos que o cabelo e a roupa são os dois aspetos da imagem do candidato mais relevantes numa entrevista de trabalho e que 95% dos inquiridos considera que um cabelo cuidado transmite mais confiança às pessoas com quem se relaciona no local de trabalho e, desta forma, cria maiores probabilidades de sucesso profissional», refere a marca em comunicado.

Cerca de 96% dos profissionais que integraram esta amostra admite reparar «sempre ou quase sempre» no cabelo do candidato e que um cabelo pouco saudável pode transmitir desinteresse (64%), doença (43%) ou irresponsabilidade (41%), percentagens que reforçam a importância que estes profissionais atribuem à imagem do cabelo como fator determinante da avaliação do candidato e consequente evolução do seu percurso no processo de recrutamento, sobretudo no caso das mulheres.

Se, no caso dos homens, apenas 14% aponta o cabelo como um fator determinante no momento da contratação, no caso das mulheres essa percentagem eleva-se para os 86%. E são as mulheres que mais reparam nos cabelos das candidatas que respondem a anúncios de emprego. «Dos inquiridos que responderam que a importância do cabelo é atribuída às mulheres, 60% são do sexo feminino, o que demonstra o elevado peso que o segmento feminino imputa a si mesmo, quando se fala do valor que o cabelo tem na sua imagem», sublinha a marca.

À questão «Quais os segmentos profissionais onde a imagem é um fator determinante no recrutamento e percurso profissional de sucesso?», as respostas indicam claramente que as profissões que obrigam a um contato direto e permanente com o público foram as mais mencionadas, nomeadamente o atendimento ao Público (58%), a área das relações públicas (23%) e a área comercial (17%). Cerca de 90% dos inquiridos considera mesmo que as empresas deveriam apostar em ações de formação sobre estética e imagem aos seus colaboradores «de forma a contribuírem para a autoestima e consequente motivação dos mesmos».


«Estes elementos vêm confirmar os dados do estudo Viviscal realizado em 2011 que demonstrou o carácter pesado atribuído à queda de cabelo no feminino pela própria sociedade. Em 2011, concluiu-se que mais de metade dos indivíduos que sofrem de queda de cabelo consideram que a mesma é mais grave nas mulheres que nos homens, chegando em muitos casos a ser mesmo um tema tabu», refere ainda a empresa.