Qual o propósito dos bancos?

A primeira pergunta tem uma resposta evidente, embora pouco popular para muita gente. O banco é um negócio exatamente como todos os outros. Existem para dar dinheiro. Para dar lucro aos seus acionistas. O caso da CGD não é diferente dos restantes apenas com a alteração de que os acionistas são os contribuintes. Em última análise, mais lucros para o banco maiores as receitas para o Estado.

Porque aumentam tanto as comissões?

As comissões têm vindo a aumentar num esforço que se percebe com a evolução das taxas de juro de mercado. Se as famílias portuguesas notam a grande diferença das taxas de juro nas suas prestações com crédito habitação ou com crédito pessoal isto significa que os bancos estarão a receber menos dinheiro. Ou seja, a sua principal fonte de receita tem vindo a sofrer uma redução significativa, obrigando os bancos a ir buscar rendimentos noutros locais.

Se não é possível aumentar as taxas de juro, na medida em que existem limites impostos pela lei (as chamadas taxas de usura) os bancos terão de subir as outras comissões. Alguns podem dizer que nos habituamos mal e que os serviços prestados pelos bancos nunca deveriam ter sido gratuitos. Outos defendem que os bancos têm o benefício de ter o dinheiro dos depositantes (aliás, sugerimos que conheça as alternativas aos depósitos a prazo com taxas de retorno bastante mais interessantes) e com ele poderem emprestar a outros agentes económicos e com isso obter um retorno. Por exemplo, durante vários anos os bancos em Portugal financiavam-se nos mercados financeiros a taxas muito superiores a 5%. Este é o seu benefício.

Qual o sentido de aceitarmos estas comissões?

Neste ponto é fundamental que procure perceber para que necessita de um banco e qual o serviço que o banco lhe presta. Será que esse serviço merece que seja pago, especialmente num país em que há bancos que não lhe cobram estas comissões (não significa que sejam melhores ou piores)? Será que a qualidade do serviço assim o justifica? Talvez sim, talvez não.

Tipicamente valorizamos um banco tradicional para efeitos de gestão da conta no dia-a-dia. Queremos um banco para fazer transferências, pagamentos e eventualmente alguma poupança ou crédito. Neste contexto, a generalidade dos bancos tem um nível de serviço mais ou menos semelhante pelo que o critério de seleção é mais fácil. Se quiser poderá ver em maior detalhe a nossa análise do melhor banco para a sua conta à ordem.